segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Garapa - O cotidiano dos que passam fome

Garapa é uma bebida composta por água e açúcar e que “alimenta” muitas famílias que vivem em situações precárias e lidam diariamente com a fome. Logo de início o documentário já gera desconforto ao se apresentar desprovido de cor e trilha sonora. O filme todo é em preto e branco.

Garapa - Bebida feita com uma mistura de água e açúcar
José Padilha, o diretor do documentário, acompanha a vida de três famílias do Nordeste brasileiro e evidencia aquilo que estamos acostumados a ver apenas em estatísticas: a fome. Essas famílias vivem em situações bastante precárias, muitas vezes dividindo o espaço com moscas.

O objetivo central, de acordo com o diretor, é mostrar a fome através dos olhos daqueles que vivem essa realidade. O foco pode ser a fome, mas o documentário levanta uma série de outras questões de extrema relevância para o entendimento desse cenário: baixa escolaridade, baixíssimo acesso a informação, carência extrema de recursos básicos como saúde e alimentação. O planejamento familiar também é inexistente. Vemos uma mãe com onze filhos e o casal mostrava não possuir qualquer controle ou entendimento acerca de métodos contraceptivos.

Lúcia e suas três filhas - Fortaleza
Uma vez que se constata a situação degradante a qual estão relegadas, torna-se perfeitamente compreensível que as perspectivas dessas famílias sejam praticamente inexistentes. São pessoas que estão estagnadas e que claramente necessitam de apoio.

Padilha, em uma entrevista, diz que a escolha das famílias que seriam filmadas foi aleatória. Ele foi até os locais onde os pais pediam comida, aproximou-se e simplesmente perguntou "Posso filmar?".

Ainda nessa entrevista linkada acima (que infelizmente está sem legenda), Padilha fala sobre o desconforto psicológico de estar presente na vida dessas pessoas que passam fome e lutam contra ela e, no entanto, todo dia tomar seu café da manhã, almoçar e jantar. Em certo momento do documentário, um dos filmados diz que nunca em sua vida fez as três refeições básicas do dia. Um homem com 28 anos de idade.


Outro fato chocante é que muitas pessoas no Brasil não possuem documentação que as identifiquem e, em decorrência disso, ficam excluídas de programas do governo como o Fome Zero, que entrega 50 reais para cada família cadastrada.

Então quero concluir recomendando essa bela (e triste) obra a todos. Por mais que nos sintamos impotentes diante de tanto sofrimento, ao menos não ficamos completamente alienados.

Vejam também uma análise interessante feita por Isabela Boscov. 
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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O Hobbit – Uma Jornada Inesperada (Trama e Produção)


Depois que a trilogia O Senhor dos Anéis foi para os cinemas e todos os fãs já haviam assistido, um certo vazio imperou. A espera torturante pelo desfecho da adaptação de um dos melhores livros de literatura fantástica da história da humanidade chegou ao fim com a terceira e última parte, O Retorno do Rei. Mas aquela fagulha que ainda restava dos anos de ansiedade da época do Senhor dos Anéis voltou a se transformar numa chama quando foi anunciado que Peter Jackson dirigiria O Hobbit. Na verdade, de início o diretor seria Guillermo del Toro, mas ele acabou deixando o cargo.

Anões - Thorin, Dwalin, Balin, Bombur, Bofur, Bifur, Nori, Ori, Dori, Oin, Gloin, Fili e Kili
Para quem não sabe, antes de J.R.R. Tolkien escrever a saga do anel, ele escreveu O Hobbit, livro que nos introduz ao mundo, como disse o próprio autor, situado “Entre o Alvorecer das Fadas e o Domínio dos Homens”. A história se passa antes dos acontecimentos que giraram em torno do O Anel, em Lord of the Rings. 

Gollum - O Hobbit
Bilbo Bolseiro (interpretado por Martin Freeman) é o protagonista dessa trama repleta de aventuras, mas tudo começa na sua pequena toca, na tranquilidade do Condado. Mas essa não é uma toca desagradável, suja e úmida, mas sim a toca de um hobbit! E, caso você não saiba, isso significa conforto. Bilbo também é o tio daquele personagem que já se tornou famoso com os livros e mais ainda depois dos filmes, o Frodo.

Bilbo Novo ( Martin Freeman) e Bilbo Velho (Ian Holm)
Tudo muda quando o nosso protagonista acaba embarcando, junto com anões e um mago (Gandalf) numa jornada rumo ao tesouro roubado da família do chefe desses anões, Thorin Escudo-de-Carvalho. Esse tesouro não foi roubado por uma criatura qualquer, mas sim por Smaug, um poderoso dragão.

Legolas (Orlando Bloom) - O Hobbit
A princípio o filme seria composto por duas partes, mas Peter Jackson, após negociar a possibilidade de uma terceira parte, argumentando que dessa forma ele poderia explorar melhor os acontecimentos do livro, conseguiu o aval para seguir com esse plano. Olha, por mais que isso pareça um artifício para ganhar mais grana, confesso que fico feliz com essa notícia. Recomendo a análise feita em vídeo pelo site Omelete. Veja aqui.

Martin Freeman e Andy Serkis
Um detalhe interessante é que o diretor está disponibilizando no site oficial do filme uma série de vídeos, nos quais ele mostra o processo de produção e curiosidades. Assisti a todos os vídeos e digo que gostei bastante. Além de alimentar a ansiedade, também funciona como um ótimo marketing.

O primeiro filme está programado para chegar aos cinemas em 14 de Dezembro deste ano. A segunda parte está programada para 13 de Dezembro de 2013. A terceira parte ainda não possui um título, embora se especule acerca de três possíveis: Riddles in the Dark, The Desolation of Smaug e The Battle Of The Five Armies. Também não há data, embora o mais provável é que o lançamento seja programado para Dezembro de 2014.
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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Star Wars – Percepção Pessoal Pt.2

Quero ressaltar, novamente, que o que escrevo aqui representa a minha opinião sobre o assunto e não uma verdade absoluta e incontestável. Não há motivo para ficar irritado ou pra dar piti na caixa de comentários. Fiquem à vontade para comentar, expor suas opiniões, mesmo que sejam discordando da minha. Mas sejam educados! Nem adianta usar de grosserias, pois deleto automaticamente e nem me dou ao trabalho de responder.

Na primeira parte eu falei dos episódios I, II e III. Vejam aqui: “Star Wars – Percepção Pessoal Pt.1”. Agora falarei dos últimos três.

Como eu assisti aos filmes na ordem linear (I, II, III em diante), foi um choque tremendo quando vi o episódio IV (
Uma Nova Esperança), afinal, o episódio III (A Vingança dos Sith) é do ano de 2005, enquanto que o IV, de 1977. Eu já disse no post anterior que toda a trama de Star Wars é superficial e que o diferencial da obra está no aspecto técnico. Mas pra mim isso não foi suficiente para compensar a história rasa e as péssimas atuações dessa trilogia antiga.

Outro choque foi a luta de sabres, que lembra crianças duelando com gravetos. Na trilogia nova essas lutas são bem mais dinâmicas e muito bem coreografadas, então foi estranho ver o Darth Vader usando o sabre de luz como se fosse apenas um pedaço de pau. Mas nada disso se compara ao momento mais broxante do IV filme: a destruição da Estrela da Morte. Alguém, por favor, me explica como a arma mais poderosa já criada no universo, capaz de destruir planetas inteiros, pode ser destruída com um único tiro? Quem foi o engenheiro genial que teve a ideia de fazer com que um ponto específico da nave, caso atingido, culminasse na destruição dela toda? E o mais engraçado é que esse ponto vulnerável é uma abertura da nave, desprovida de qualquer proteção.


Destruição da Estrela da Morte - Episódio IV

Devo dizer que concordo com os chatos de plantão que criticam George Lucas pelas modificações que foram realizadas nessa trilogia antiga. As alterações não acrescentam em nada e ainda geram estranhamento, pois misturam computadorização com a capacidade técnica do fim dos anos 70 e início dos 80. Então é muito esquisito ver um personagem criado em CGI ocupando o mesmo espaço com um boneco composto de tecidos e plásticos.

Mistura de personagens com e sem CGI - Alterações feitas por George Lucas em 2004
Também é interessante acompanhar a evolução técnica do personagem Yoda. Nos filmes de 1980, 1983 e 1999 ele é um boneco. Já nos filmes de 2002 e 2005 ele é todo criado por computador.

Mestre Yoda 1980-2005
Para terminar eu quero falar de uma coisa que me irritou bastante e em vários momentos me fez querer desistir de assistir: personagens irritantes! Jar Jar Binks, Chewbacca, C-3PO e R2-D2. O Jar Jar eu até relevei, afinal a presença dele só é maior no episódio I, mas juro que eu tinha vontade de botar fogo no C-3PO e no R2-D2; o primeiro sendo esnobe e incrivelmente chato, e o segundo, com aqueles apitos repetitivos e cansativos. Na nova trilogia isso não é tão forte, mas na antiga... Eu sei o que significa alívio cômico, mas pra mim eles forçaram a barra. Agora o personagem que mais me deu nos nervos foi o Chewbacca! Aqueles grunhidos incessantes e as viradinhas ridículas de cabeça... Enfim, odiei...

Personagens irritantes de Star Wars
Sei que muitos discordam de mim e consideram Star Wars a obra de um gênio. Talvez até seja, mas isso não muda o que eu achei. Assisti a todos os filmes, li várias críticas, algumas favoráveis e outras ainda mais ácidas que a minha e a conclusão a que cheguei foi essa. Uma Nova Esperança, O Império Contra-Ataca e O Retorno Jedi foram decepcionantes.
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segunda-feira, 23 de julho de 2012

Star Wars – Percepção Pessoal Pt.1


Já vou começar avisando que não sou fã da série e, diferente de muitos, minha infância não foi marcada por Star Wars. Embora eu tenha crescido nos anos 90 e sido inundado de cultura/conteúdo dos anos 70 e 80, por algum motivo eu não assisti aos episódios IV, V e VI. E, para ser honesto, eu nem me recordava de ter assistido aos episódios I e II.

Em 2005, quando o episódio III foi lançado, acabei sendo carregado pela euforia dos meus amigos nerds. Fomos ao cinema assistir um dos filmes mais aguardados da história, ou pelo menos era isso o que me diziam na época. Minha ignorância sobre esse universo criado por George Lucas era tamanha que fiquei confuso com aquele desfecho inconclusivo. Eu não sabia que a história continuava na trilogia antiga.

Bom, nessas últimas semanas eu resolvi fazer a coisa direito e então assisti aos seis filmes da saga. Comecei pelo episódio I (A Ameaça Fantasma) e segui nessa ordem. Achei o filme divertido e visualmente interessante, embora os efeitos especiais (de 1999) sejam um pouco datados, principalmente no personagem Jar Jar Binks, inteiramente computadorizado, que destoa bastante do ambiente. Já a corrida de pods, por exemplo, é magnífica! Mas, fora a parte técnica, o filme me parece bastante falho, principalmente na história, que é vazia. Esse padrão se repetiu em todos os outros filmes da série.

Corrida de Pods - Episódio I
As lutas com sabre de luz, principalmente aquela com Qui-Gon Jinn (Liam Neeson) e Obi-Wan Kenobi (Ewan McGregor) contra Darth Maul (Ray Park), fizeram meus olhos brilharem. Então, mesmo com uma trama bastante rasa, o filme me agradou e foi animado que assisti ao episódio II (Ataque dos Clones).  A pequena diferença de tempo entre os filmes (1999 e 2002) é marcante, pois se percebe claramente um aumento significativo na qualidade dos efeitos especiais. Nesse episódio o personagem Yoda é completamente feito por computadorização e o resultado, ao menos para mim, foi bastante satisfatório.

Obi-Wan Kenobi Vs. Darth Maul - Episódio I
A ação é muito mais intensa que a do filme anterior e, embora seja bastante exagerada em alguns momentos, ela é tão bem trabalhada que acaba agradando e mascarando um pouco a trama completamente sem profundidade. E por falar em profundidade, acho que seria mais interessante se os personagens não fossem tão rasos; é difícil se identificar com eles quando são assim pouco explorados. O ponto alto é o combate entre Yoda e Conde Dookan (Christopher Lee), que mesmo sendo curto, é de deixar embasbacado.

Yoda - Episódio II
O episódio III (A Vingança dos Sith) é de longe o meu favorito. Sombrio, menos exagerado que o anterior e belo visualmente. Logo no início, com a batalha das naves, percebe-se o esmero com que tudo foi trabalhado. Se em 2005 eu não gostei muito e achei confuso, revendo agora, a situação mudou. Mas mesmo sendo meu favorito da série, ainda assim não considero nenhuma obra prima.

Star Wars - Episódio III
Algumas incongruências saltaram aos olhos, como o fato de o Anakin Skywalker (Hayden Christensen) ter perdido a luta contra Obi-Wan, sendo que tinha derrotado Dookan, um oponente muito mais poderoso. E o romance entre Anakin e Padmé Amidala (Natalie Portman) é totalmente desprovido de química. Difícil acreditar que exista um sentimento intenso entre os dois.

Então essa foi a minha percepção. Fiquem à vontade para comentar, expor suas opiniões e criticar, contanto que seja de forma educada.

Leia a continuação:  Star Wars – Percepção Pessoal Pt.2
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segunda-feira, 16 de julho de 2012

As Técnicas Mais Legais - Naruto Shippuden Pt.2


Aqui faço a Pt.2 da lista pessoal dos meus golpes favoritos da série Naruto Shippuden.  Confira também a Pt. 1 e fiquem à vontade para comentar, discordar (caso seja o caso) e dizer quais são os seus preferidos (Pode conter spoilers).

5 -
 Rasengan

Uma esfera de energia rotativa que cabe na mão, mas que não é lançada. É preciso ir até o adversário com ela. Uma das coisas que mais gosto na técnica é seu nome e o modo como é
  pronunciado. Usado por Naruto Uzumaki, Minato, Querto Hokage, Kakashi e Jiraya.




4 - Doujutsu - Tachi Suru

Habilidade usada unicamente por Tobi, o homem da máscara, em que ele se torna transponível, o que faz com que seja impossível acertá-lo com alguma técnica. Além de poder atravessar objetos sólidos.


3 -Tsukuyomi

Incrível técnica em que se cria todo um mundo paralelo (pelo menos com Itachi Uchiha) no qual se controla o que vai acontecer, podendo inclusive controlar o tempo, aprisionando o inimigo. Pode-se, por exemplo, torturá-lo por horas nesse lugar enquanto que no mundo real se passam apenas alguns segundos. Usado por Itachi, Sasuke e Madara Uchiha.


2 - Izanagi

Provavelmente a técnica mais impressionante e impossível da história, mas por isso mesmo muito interessante. Ela simplesmente pode mudar a realidade, voltando no tempo, de acordo com o desejo de seu usuário.  Utilizada por Danzou Shimura e por Tobi.


1 - Amaterasu

Técnica que cria chamas negras que não se apagam até consumir totalmente seu alvo. Ela apenas por isso é incrível, mas o motivo de estar em primeiro é pelo modo impressionante como ela é mostrada no anime, com os olhos de Itachi sangrando. Pra mim a melhor cena de todo o anime. É interessante também a questão de utilizar um golpe poderoso, mas exatamente por isso sofrer com ele. Diferente de muitas séries em que se ganha incríveis poderes sem que haja grande forço ou que não causam algum transtorno para quem utiliza, o que é muito mais real e mais interessante.


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segunda-feira, 9 de julho de 2012

Os Melhores Filmes com Apelo e Crítica Social Pt.3

Essa é a terceira parte da lista com os 30 melhores filmes com apelo e crítica social. Mesmo citando tantos filmes, ainda assim vários outros tão bons quanto os que foram apresentados aqui ficaram de fora. Vejam a Parte 1 e a Parte 2.

1° Clube da Luta (Fight Club - 1999):


Obra prima de David Fincher, Clube da Luta é uma crítica contundente ao estilo de vida almejado pela maior parte da população mundial. É um filme que retrata o consumismo como um vazio que tenta preencher outro vazio. Edward Norton, Brad Pitt e Helena Bonham Carter desempenham eximiamente seus papéis. 




2° Dúvida (Doubt - 2008):


Quando na escola St. Nicholas o padre Flynn (Philip Seymour Hoffman) passa a dar uma atenção peculiar para um dos alunos, a irmã Aloysius (Meryl Streep), consumida pelo temor do que pode estar ocorrendo, resolve fazer o que estiver em seu alcance para distanciar o padre da escola.  





3° Beleza Americana (American Beauty - 1999):

O próprio título possui um sentido que não é aquele que pensaria um desavisado. American Beauty é uma rosa desprovida de aroma e espinhos, embora seja bela. Só isso já é uma denúncia da falácia do Sonho Americano. O que vemos no filme, entre outras coisas, é a fachada perfeita escondendo famílias desfragmentadas, pessoas perturbadas, jovens perdidos, mulheres submissas e conservadores confusos e reprimidos. A história gira em torno de Lester Burnham (Kevin Spacey), um típico “loser” (esse termo já diz um pouco sobre boa parte da cultura norte-americana), com um emprego medíocre, uma esposa que não o ama e uma filha que não o respeita. Tudo começa quando ele se satura de todo esse comodismo e começa a mudar sua própria vida. 

4° Trainspotting - Sem Limites (Trainspotting - 1996):

Assim como Requiem Para um Sonho, Trainspotting expõe a degradação física e psicológica decorrente do uso de drogas pesadas, no caso, a heroína. A vida das personagens se resume à próxima dose e todo resto fica negligenciado.  







5° Quero ser John Malkovich (Being John Malkovich - 1999):

No andar sete e meio do prédio onde trabalha, Craig (John Cusack) encontra, por acidente, um túnel que leva até a mente de John Malkovich, o ator que interpreta a si mesmo nesse filme. Roteiro de estreia de Charlie Kaufman, famoso por trabalhos interessantes como Adaptação (Adaptation) e Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (Eternal Sunshine of the Spotless Mind). Craig passa então a lucrar com o portal, cobrando pelo seu uso. Seus clientes pagam pela possibilidade de viverem a vida de outra pessoa.

6° O Senhor das Armas (Lord of War - 2005):

Yuri Orlov (Nicolas Cage) é um homem que descobre que pode fazer lucro vendendo armas, mas à medida que vai crescendo, descobre o funcionamento intrincado dessa poderosa indústria que se alimenta de constantes e incessáveis guerras. A morte o rodeia por todos os lados e ele deixa de ser o homem que um dia fora para se tornar o Lorde das Armas.




7° Milk - A Voz da Igualdade (Milk - 2008):


Papel que deu o Oscar ao ótimo ator Sean Penn, que interpreta a história real de Harvey Milk, um ativista gay em pleno início dos anos 70, época em que a homofobia era aceita e tida como comportamento normal frente à homossexualidade, que era tratada como doença.





Cidade de Deus - 2002:

Realidade crua do cotidiano dos moradores da favela Cidade de Deus, marcada pela violência e tráfico de drogas. Somos apresentados a tudo isso através dos olhos de Buscapé, jovem que acompanhamos durante o filme. 







9° Deus da Carnificina (Carnage - 2011):

Após a discussão de duas crianças, seus pais se reúnem para conversarem sobre o ocorrido. O que começa de forma cordial toma proporções maiores, revelando personalidades conturbadas, preconceitos latentes e muito falso moralismo. Dirigido por Roman Polanski e com grande elenco: Kate Winslet, Christoph Waltz, Jodie Foster e John C. Reilly.




10° Psicopata Americano (American Psycho - 2000):
 
Imagino que esse seja o filme menos esperado de toda a lista, afinal ele trata de um serial killer que se diverte matando suas vítimas das formas mais brutais possíveis. Mas a essência do filme está na desvalorização do humano como pessoa. A identidade dos personagens está mais no terno que vestem, no cartão personalizado que apresentam e nos produtos que possuem. No desfecho do filme isso é explorado de forma bastante interessante. Além disso, há também a ótima atuação de Christian Bale.
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segunda-feira, 2 de julho de 2012

Quadrilogia Alien – Percepção Pessoal


[Alguns spoilers]

Já quero começar avisando que esse não será um post analítico ou com qualquer pretensão de se aprofundar. A intenção é expor de forma simples a percepção que tive ao assistir a esses quatro filmes.

Eu cresci ouvindo falar de Alien, especialmente do primeiro, “Alien, O Oitavo Passageiro”, de 1979 e dirigido por Ridley Scott. Para ser honesto, devo dizer que nunca me interessei muito. Tinha visto o 4° filme em algum momento da minha infância, mas aos pedaços e já não me recordava da trama, guardando na mente apenas uma cena que ficaria lapidada até hoje: o alien parente da Ripley sendo sugado através de um buraco da nave.


Não me entendam mal, eu sempre me interessei por vida extraterrestre e por filmes que abordam esse tema, mas até esse ano eu ainda não tinha sentido vontade de assistir essa tetralogia, até por saber que o foco estava mais no terror e na luta contra a criatura do que na descoberta em si. Bom, depois de ouvir tanto sobre o filme, ler inúmeras referências e, por último, ter me interessado muito por Prometheus, que também é dirigido por Scott e tem como proposta explorar mais esse universo, a quadrilogia finalmente fisgou meu interesse e fui obrigado a ceder diante de tanta pressão e pegar os filmes para assistir. 

Percebi então que não é por menos que o “O Oitavo Passageiro” é tão reverenciado. Foi uma ótima surpresa; eu suspeitava que fosse muito datado, afinal a obra possui mais de 30 anos, mas não, o thriller de terror e suspense permanece atual. Mas um porém é que eu não achei tão assustador assim, mas isso provavelmente é efeito de anos e anos vendo zumbis esfomeados comendo cérebros, serial killers decepando cabeças de inocentes esposas, fantasmas possuindo crianças indefesas e meninas demoníacas esfolando seus colegas, isso sem falar nos episódios super bizarros de Twilight Zone, então já estou meio sedado. Se bem que até hoje não consigo assistir O Exorcista, de 1973, sem alguém do meu lado.

Alien, O Oitavo Passageiro

Também foi interessante ver a Sigourney Weaver com cara de menina, sem as características severas dos demais filmes, embora ela esteja bastante simpática em Avatar. Mas o que posso dizer é que o filme me manteve atento e interessado e mesmo não achando lá muito assustador, isso não fez diferença no final.

Bom, eu falarei de forma bastante sucinta dos próximos três filmes, até porque não os achei nem de longe tão bons quanto o primeiro, embora também tenha gostado. Aliens - O Resgate (Aliens), de 1986 e dirigido por James Cameron, foi mais comédia do que qualquer outra coisa. Não sei se por causa dos soldados trapalhões ou pelo alien mãe gigante usando elevador, mas fazia muito tempo que eu não ria tanto. Quase tudo pareceu bastante inverossímil, mas me diverti bastante, especialmente com o Bishop sendo cortado ao meio e com a Ripley (Weaver) usando uma empilhadeira ultramoderna para enfrentar a criatura.

Aliens - O Resgate: Ripley Vs. Alien Mãe
Alien 3, dirigido pelo ótimo David Fincher, foi logo de início um soco na cara. Poxa, depois da Ripley passar o 2° filme inteiro tentando salvar a menina, ela - a menina - simplesmente vira comida de alienígena??? Isso eu não aceitei não. Outra coisa que eu não aceitei foi o altruísmo desmedido da protagonista, disposta a tirar a própria vida para impedir que o alien fosse para a Terra. Digam o que quiserem, mas pra mim o alien é uma espécie intrigante e que deve ser preservada, e não morta das formas mais brutais possíveis.

Alien 3
Alien: A Ressurreição (Alien: Resurrection), de 1997, foi o pior. Foi uma repetição forçada do que vimos no primeiro filme, só que com muito mais criaturas e mortes, entretanto, sem o suspense e a originalidade. As atuações beiram o ridículo e é difícil de acreditar que os cientistas a bordo da nave possam ser tão incompetentes. Mas nem tudo é ruim e algumas coisas se salvam, como o encontro da Ripley (que nesse filme é um clone) com outra versão de si mesma, só que não tão bem sucedida.  O alienígena antropomorfizado também é muito bom e confesso que senti uma dó tremenda da forma como ele morreu.

Alien: A Ressurreição
Essa foi a minha percepção. Como vocês viram, eu não me aprofundei, afinal essa não era a intenção, e apenas coloquei de forma breve a minha opinião. Se gostou e pretende continuar acompanhando os posts do blog, você pode nos seguir no Facebook, Twitter ou Google +. Fique à vontade para comentar e dizer o que achou desses filmes.
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