segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Sandman – A Genialidade de Neil Gaiman

Não sou um leitor assíduo de HQs (Histórias em Quadrinhos) e conheço pouco sobre esse universo, mas em relação a Sandman, confesso que fui fisgado pelas dezenas de recomendações e também referências em livros, filmes e séries. Quem é esse tal de Neil Gaiman? Será que Sandman é realmente tão bom assim? Com essa curiosidade, comecei a ler algumas edições (no total são 75) e logo de cara a graphic novel me conquistou. Então esse post é para quem está na dúvida se deve ler ou não, para quem nunca ouviu falar e para aqueles que só precisam de um empurrãozinho.

Sandman é uma HQ criada por Neil Gaiman; nela nós conhecemos Morpheus, 
rei do Sonhar, também conhecido por outros nomes, como Sonho, Sandman, Lorde Moldador etc. É uma história em quadrinhos destinada ao público adulto, recheada de cultura (não apenas Ocidental) e singularidades. A palavra “clichê” não encontra muito espaço nessa obra, que possui a ótima característica de nos surpreender e manter interessados.
Arco - Estação das Brumas (Edições 21-28)
No primeiro arco, Prelúdios e Noturnos (Preludes & Nocturnes), somos apresentados a um ser poderoso que foi aprisionado por engano. O captor, um mago, pretendia aprisionar a Morte, mas quem foi capturado foi seu irmão mais novo, Sonho. Setenta anos se passam até que ele consiga se libertar dessa redoma de vidro em que estava preso. Acompanhamos daí em diante o seu retorno a Sonhar (seu reino) e sua busca pelas ferramentas que lhe foram roubadas.

Arco - Prelúdios e Noturnos (Edições 01-09)
Morpheus não é o protagonista em todas as edições. Em muitas delas, aliás, sua presença é apenas secundária, dando espaço a outras personagens que são exploradas e desenvolvidas. Os acontecimentos não se fixam num tempo específico, muitas vezes retrocedendo dezenas, centenas ou até milhares de anos.

Num arco muito interessante chamado Terra dos Sonhos (Dream Country), o autor nos revela a verdadeira história por trás de William Shakespeare. E não é a única vez em que figuras históricas participam das tramas. Otávio Augusto (imperador romano), Marco Polo e outros nomes famosos também são utilizados por Gaiman.

Arco - Prelúdios e Noturnos
Uma intensa ligação com o onírico permeia todos os cantos do universo de Sandman, o que confere uma liberdade tremenda ao autor, que não negligencia a possibilidade de forçar ao máximo sua criatividade. Num conto independente chamado Um Sonho de Mil Gatos (A Dream of a Thousand Cats), uma gatinha domesticada se junta a outros gatos para ouvir o discurso de uma felina que se lamenta pela morte de seus filhos, causada por humanos, e que diz que a existência dos gatos nem sempre foi assim. Que houve uma época em que humanos eram servos dos gatos e que as coisas podiam voltar a ser assim, bastando para isso que gatos suficientes sonhem o mesmo sonho. “Sonhem o mundo. Não esta sombra pálida da realidade. Sonhem o mundo como ele realmente é”.
Um Sonho de Mil Gatos (Edição 18 - Arco: Terra dos Sonhos)
Dentre os treze arcos de Sandman, um dos mais aclamados e premiados é o Estação das Brumas (Season of Mists), no qual Morpheus precisa travar uma guerra contra Lúcifer, governador do inferno, para resgatar uma antiga amada. Imagine a reação de todos quando, no auge da tensão, Lúcifer simplesmente... Óbvio que não vou revelar o que acontece! Afinal a intenção aqui é fazer com vocês leiam.

Termino então deixando algumas análises, incluindo uma sabatina realizada com Neil Gaiman:

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