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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Livro Comentado: A Tormenta de Espadas Pt.4


[Muitos Spoilers do 3° Livro. Leia a Parte 1, Parte 2 e Parte 3]

Então finalmente cheguei ao fim do terceiro livro. Muitos haviam me dito que o desfecho era surpreendente e realmente o é. Mas já adianto que a volta da Catelyn do mundo dos mortos não me surpreendeu tanto assim. Depois de ver Beric Dondarrion executando a mesma proeza, suspeitei que algo do tipo pudesse acontecer.

A fuga do Tyrion, com o auxílio de Jaime, já era previsível. O autor não fez nenhuma questão de fazer disso uma revelação. O que não esperávamos era o que ocorreria durante esse processo de fuga. Descobrir, pela boca de Jaime, que sua primeira esposa na verdade não era uma prostituta foi uma punhalada nas costas do personagem. A revelação ferveu seu sangue a ponto de fazer com que desviasse do caminho e fosse até o quarto do pai, o responsável por esse que foi um dos eventos mais traumatizantes de sua vida.

Ao chegar ao quarto, em busca de Tywin Lannister, foi Shae, sua amante, quem ele encontrou. Fiquei com pena do seu destino, afinal ela apenas preservou a própria vida ao testemunhar contra o duende, embora pudesse ter maneirado nos detalhes comprometedores acerca da relação que possuíam. Agora a morte realmente relevante para o desenvolvimento de toda a trama foi a de Tywin, que não estava no quarto, mas estava na latrina. Com uma besta, o anão tirou a vida do pai enquanto ele defecava.

Será que o duende poderá agora assumir a posição de Senhor de Rochedo Casterly, uma vez que ela é sua por direito? Sua condenação afeta isso? Quem vai governar Porto Real, Cersei? Todas essas incógnitas e muitas mais ficaram para os próximos livros. [Esse parágrafo ficou parecendo final de capítulo de novela mexicana.]

Falando do livro como um todo, vejo-o como o melhor dentre os três primeiros. É o mais intenso e com mais reviravoltas. Também conta o fato de que é o livro em que meu personagem favorito, Tyrion, foi mais explorado. Não apenas ele, como os demais também. Jaime é um exemplo disso; em A Guerra dos Tronos e A Fúria dos Reis, estivemos sempre distante da mente do Regicida. Bastou que víssemos as coisas a partir de sua perspectiva para que mudássemos nosso julgamento sobre ele. Suspeito que veremos algo parecido com a Cersei. Eu a considero detestável, óbvio, mas quem sabe isso não mude um pouco depois de entender como funcionam as engrenagens que a movem.

Na outra extremidade do mapa, Stannis Baratheon captura Mance Rayder (o Rei-para-lá-da-Muralha) e dispersa os selvagens, enquanto Jon Snow se torna o Senhor Comandante do Castelo Negro. Um pouco de satisfação em meio a tantos horrores. Mas o que são os selvagens além de pessoas como as outras e que buscam por uma vida melhor? Será justo mantê-los à mercê dos Outros? Como George Martin não é dado a maniqueísmos, eu acredito que ele também irá mais a fundo nesse lado.

No mais, ouvi algumas pessoas dizerem que os livros quatro e cinco não conseguem superar os anteriores. Se isso for verdade, com certeza farei algum post por aqui falando e tecendo minhas próprias críticas. Agora fique à vontade para deixar a sua opinião e suas expectativas. 
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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Livro Comentado: A Tormenta de Espadas Pt.3


[Muitos Spoilers do 3° Livro. Leia a Parte 1 e a Parte 2]

No post anterior eu concluí falando da morte de Robb e Catelyn e agora prossigo com os acontecimentos que preencheram as páginas dali em diante. Acabo de ler a página 729 e fechei o livro com a alma balançada, sem energia para continuar lendo. Isso sempre acontece comigo nos momentos mais tensos da história, então dou um tempo e depois continuo de onde parei.

Quero começar com a morte de Joffrey, que foi de longe um dos momentos mais maravilhosos de todo o livro. Quando capítulos do Tyrion e da Sansa começaram a se intercalar, eu sabia que algo estava prestes a acontecer. Já disse antes que o Tyrion é meu personagem favorito, portanto me condoí com a humilhação que ele passou nas mãos de Joffrey, que bêbado, fez dele seu criado, ridicularizando-o em frente a todos.

Na própria festa de casamento o jovem rei criou todo um espetáculo destinado ao tio, com o objetivo de envergonhá-lo. Desde anões montados em porcos e cães, até obrigá-lo a lhe servir vinho, como se fosse um criado. Assim que Joffrey bebeu o vinho, enfiou a torta de pombo na boca e começou a tossir, vi que ali podia ser o fim de um dos personagens mais odiados de toda a minha bagagem literária. Pensei comigo: “O Martin não vai me dar esse prazer...”. Mas então veio aquela linda e detalhada descrição de como o rei, no desespero de conseguir respirar, rasgou com as mãos a pele, carne e músculos de seu pescoço. Transbordando em sangue.

Como eu disse acima, quem serviu o vinho foi o Tyrion, então a suspeita de envenenamento inevitavelmente cairia sobre ele. Mas não bastasse isso, o maldito ainda morreu apontando para o tio. E tem o agravante que foi a fuga da Sansa, sua esposa, outra com incontáveis motivos para querer Joffrey morto. Cersei então ordenou que Tyrion fosse preso, julgado e morto. Conhecendo o sadismo do autor, já me preparei para o que viria.

Enquanto o anão aguarda por seu julgamento, descobrimos que o arquiteto da morte do rei na verdade foi Petyr Baelish, também alcunhado de Mindinho. É ele quem controla Dontos, homem que até então julgávamos como o único elo entre Sansa e sua possível fuga. Fica difícil saber quais são as reais motivações de Baelish, uma vez que sua personalidade multifacetada nos impede de nutrir qualquer confiança pelo personagem.

Do outro lado do mapa, finalmente vemos os selvagens caindo com toda a sua força sobre a muralha. Liderados por Mance Rayder, milhares de homens e outras criaturas se esforçam para quebrar a principal barreira entre eles e o Norte: a Patrulha da Noite. O mais interessante é acompanhar tudo isso através dos olhos de Jon Snow, personagem que amadureceu enormemente entre o primeiro livro e este.

Há também o retorno de Jaime, que logo ao chegar a Porto Real se depara com o assassinato do filho e com uma Cersei que o ignora. Sem o respeito de seus irmãos da Guarda Real, ele se esforça para passar uma imagem de força, mesmo se sentindo impotente sem a sua mão da espada.  A arrogância e prepotência de outrora agora não encontram lugar, ao menos não da mesma maneira, dentro de si. O que lhe resta agora? Essa incógnita torna o mundo do Lannister muito mais interessante para o leitor.

Voltemos agora ao meu personagem favorito e ao evento que balançou minha alma (quanto exagero, não?), tal como informei lá no primeiro parágrafo. Depois de muitas rodadas de humilhação, sendo obrigado a ouvir as testemunhas da irmã declararem calúnias contra ele, Tyrion exigiu julgamento por batalha, tendo como campeão (homem que lutará por ele) o Príncipe Oberyn,  conhecido como Víbora Vermelha. Ficamos bastante apreensivos com a confiança exagerada que Oberyn demonstra em si mesmo. Vocês acreditaram que ele ganharia a luta? Mesmo quando o príncipe espetou Gregor Clegane (o campeão de Cersei) no chão, com sua lança, eu desconfiava fortemente que alguma reviravolta colocaria tudo abaixo. E foi o que aconteceu. Mesmo abatido, Clegane puxou a Víbora pelas pernas e derrotou-a com as próprias mãos. O julgamento chegou ao fim e não foi nada favorável a Tyrion. Torço para que o seu irmão, Jaime, intervenha de alguma forma.

No próximo post, que será o último dessa série, comentarei o desfecho do livro e farei um apanhado geral. Fique à vontade para comentar e dar a sua opinião. Você também pode acompanhar o blog através da nossa página no Facebook e Google +.


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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Deus, um delírio – Richard Dawkins

“Não é o bastante ver que um jardim é bonito sem ter que acreditar também que há fadas escondidas nele?”

Richard Dawkins é um intelectual britânico e ferrenho defensor do ateísmo. Nasceu em Nairóbi, cresceu na Inglaterra e formou-se e lecionou na Universidade de Oxford. Já publicou outros livros célebres como O Gene Egoísta, O Relojoeiro Cego, A Escalada do Monte Improvável e vários outros. 

A frase que abre este post foi retirada do livro “O Guia do Mochileiro das Galáxias” e também está no livro de Dawkins, como homenagem a Douglas Adams.

Deus, um delírio (The God Delusion) foi escrito com o objetivo de contestar princípios religiosos e instigar um senso crítico naqueles que creem no criacionismo. Ou seja, é um livro assumidamente pró-ateísmo e, também, com um posicionamento bastante firme contra as religiões, acusando as mesmas de serem prejudiciais para a humanidade.

Um dos méritos do livro está na linguagem extremamente simples e na sua didática que aborda ponto-a-ponto os princípios das religiões, refutando ou apontando falhas. Outro ponto interessante está na atenção que é dada a desmistificação de ateísmo, que ainda hoje é tido como negativo e ligado ao satanismo. Então o autor fala bastante sobre o preconceito que os ateus sofrem e apresenta dados que confirmam isso.

Trecho do livro (Clique na imagem para aumentar)
Faz bastante sentido, por exemplo, a analogia que é feita entre o ateísmo e a homossexualidade, não que haja alguma relação direta entre as duas coisas (não há), mas muitos ateus escondem suas posições ideológicas e ausência de crenças religiosas. Muitos fazem isso por medo de possíveis represálias e de não serem aceitos pela família ou amigos. Portanto, um termo que o autor usa mais de uma vez é o “sair do armário”, referindo-se a esses ateus que têm medo de se assumirem como tais.

Para Dawkins, um dos grandes problemas dos ateus está na sua falta de organização. Ele até ressalta que existem mais ateus do que alguns grupos específicos de religiosos, como o dos judeus, mas ao contrário destes, os ateus se comportam de forma muito independente, sem formar uma massa capaz de falar por si própria e se defender.

Trecho do livro (Clique na imagem para aumentar)
Agora o que realmente gera polêmica no livro é a posição adotada pelo autor, que encara toda e qualquer religião como sendo um câncer para a sociedade. É traçado um paralelo entre conservadorismo, pensamentos retrógrados, fanatismo, violência, preconceito, discriminação etc. e a religião. Pretende com essa postura abrir os olhos dos que acreditam e seguem uma religião por pura inércia. Daqueles que foram criados numa religião X e nunca pararam para questionar.

De uma forma ou de outra, sendo religioso ou não, Deus, um delírio é um livro que vale a pena ser lido. Mesmo que o leitor discorde do que é dito. A capacidade de debater assuntos diversos e tolerar pensamentos divergentes sempre foi muito negligenciada. Abrir a mente para novos horizontes pode ser algo positivo, nem que seja apenas para aumentar o próprio arcabouço teórico.
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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Livro Comentado: A Tormenta de Espadas Pt.2


[Muitos Spoilers do 3° Livro. Leia a Parte 1]

Aqui estou eu novamente. Muitas coisas aconteceram na história no decorrer das últimas quase 300 páginas e foi o último capítulo que eu li que me motivou a já escrever essa continuação do Livro Comentado. Adianto que a vontade que tive após ler esse capítulo foi a de jogar o livro pela janela! Mas antes de falar dessa parte, quero fazer um apanhado dos acontecimentos relevantes.

O anúncio de que a Sansa se casaria com Tyrion foi bastante inesperado (embora faça bastante sentido) e estranho, mas como o autor nos faz temer pela vida da Sansa, de certa forma foi um alívio ver essa união, pois assim sabemos que pelo menos dessa forma a vida dela corre menos risco. Tyrion é um inimigo poderoso, mas não é cruel. E é dotado de grande sensibilidade e empatia, mesmo com seus adversários.

Mas ao mesmo tempo em que sinto que agora a Sansa está mais segura, também percebo que estou caindo na armadilha que o sádico Martin - o autor - é especialista em armar. Ele cria situações que parecem se encaminhar para o desfecho que queremos ver. Queremos ver os Stark esmagando os Lannister, queremos ver o Joffrey sendo aniquilado, mas o que costuma acontecer é um verdadeiro balde de água fria. Então não ficarei surpreso se Tyrion e Sansa terminarem empalados.

Outra coisa bastante interessante foi acompanhar o processo de integração de Jon Snow aos selvagens, vê-lo apaixonar-se pela personagem Ygritte e quebrar seus juramentos, mesmo que por um motivo “nobre”. A certa altura do campeonato Jon finalmente revelou suas reais intenções e se separou do bando, para avisar seus verdadeiros companheiros da invasão iminente. Mas ainda não vi os desdobramentos de tudo isso.

Também está ficando bastante claro que em breve a bela Daenerys terá um exército forte o suficiente para ganhar relevância na batalha pelo trono de ferro; resta saber se ainda haverá alguém vivo quando ela chegar lá. Aguardar pra ver.

Dentre todos, os mais interessantes foram os capítulos da Arya. Através deles nós vimos um Beric Dondarrion transformado e bastante abatido fisicamente, mas capaz de literalmente voltar dos mortos. Vimos também um Cão de Caça não tão mau quanto julgávamos. Tudo estava caminhando para o momento no qual finalmente veríamos a menina Arya voltar para os braços da mãe, Catelyn. E quando finalmente elas estavam prestes e se encontrar... Deixem-me contextualizar.

Robb se casou com uma garota de outra Casa, quebrando o compromisso que havia firmado com Walder Frey. Para se redimir, viajou para as Gêmeas, junto com Edmure Tully (novo Senhor de Correrio), Catelyn e parte do seu exército. Lá Edmure se casaria com a filha de Walder Frey. Mas não é que o velho pervertido, junto com Roose Bolton, traiu o rei que jurou defender, Robb Stark!

Robb e Catelyn morreram da forma mais cruel possível, num engodo difícil de prever. E ainda por cima durante a comemoração do casamento de Edmure. Até o momento ainda não foi mostrado o destino do Senhor de Correrio, mas é provável que tenha sido morto também. Poxa... Juro que cogitei seriamente parar de ler o livro depois disso. O sentimento de raiva é inevitável. Isso mostra a capacidade que autor possui de nos fazer acreditar no que estamos lendo e temer pela vida dos nossos personagens prediletos.

Para terminar, quero apenas acrescentar que também foi fantástico acompanhar a trajetória de Jaime e ver um personagem mais humanizado, diferente do psicopata que havia sido mostrado até então. Mas será que tem alguém que consegue torcer pelos Lannister? 


Leia a continuação: Livro Comentado - A Tormenta de Espadas Pt.3
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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Recomendações de Leitura do AL #2


Essa é a 2°edição das recomendações de leitura do Abertura Lateral. Você pode ver as recomendações da 1° edição “aqui”.
1° Crime e Castigo - Fiódor Dostoiévski:
Esse livro do russo Dostoievski é uma das grandes obras primas da literatura como um todo. Até ler esse livro eu nunca havia visto um aprofundamento psicológico tão magnífico e perturbador. E isso não apenas com o protagonista, mas também com as demais personagens que tornam toda a trama ainda mais densa. Na história um jovem e pobre estudante de direito, Raskólnikov, decide cometer um latrocínio acreditando que assim poderá alterar para melhor o próprio futuro e o de sua mãe e irmã. Mas na verdade isso é apenas a ponta do iceberg e percebemos que não se trata apenas disso. A tradução, tanto do francês para o português e a que é feita direto do russo para o português são boas, mas a segunda é a melhor. A escrita não é nada rebuscada e muito fácil de ler. É um dos melhores livros que já li e recomendo muito!
2° 1984 - George Orwell:
Imagine um mundo distópico onde cada menor prazer é considerado crime, embora não haja leis. Um mundo em que mesmo em sua mente você não está seguro e no qual você é cercado por uma chamada Polícia das Ideias, sedenta por qualquer mínimo vestígio de individualidade, questionamento e subversão. Winston vive nessa realidade opressora criada por George Orwell, mas ele não é como a maioria dos que o rodeiam; ele possui questionamentos e desejos, ele sente que é alguém, por mais que tenha que suprimir ao máximo qualquer sinal que possa desmascará-lo. 1984 é uma grande crítica ao totalitarismo e, além disso, é um estudo da alma humana e um aviso para que tomemos consciência do rumo que as coisas podem tomar. Realmente comovente, interessante, belo, triste e perturbador. Um livro fantástico e que deveria ser lido por todos! E para os que já leram, recomendo também o podcast do site Jovem Nerd sobre o livro: Duplipensamentos sobre 1984”.
3° A História Sem Fim - Michael Ende:
Acho que quase todo mundo com mais de 20/22 anos assistiu o filme A História Sem Sim. Não sei quanto a vocês, mas esse livro marcou minha infância e lembro até hoje de como todo aquele mundo de fantasia enchia meus olhos. Eu não pretendo rever o filme, pois não quero ter essa minha experiência estragada. Mas a questão é que livro e filmes são bastante diferentes! E olha que faz muito tempo que assisti e ainda assim tenho plena noção disso. A diferença principal é que o livro de Michael Ende é muito mais rico e profundo, repleto de significados e imagens que correspondem ao onírico. A história gira em torno de Bastian, menino que é transportado através de um livro ao mundo de Fantasia, mas acontece que ele está desmoronando.
Ensaio Sobre a Cegueira - José Saramago:
O que aconteceria se subitamente todos ficássemos cegos? A resposta para esse questionamento está no livro do ganhador do Prêmio Nobel, José Saramago. Uma cegueira branca primeiramente aparece em alguns indivíduos de uma cidade, mas tal qual uma epidemia, ela rapidamente se espalha. Em meio ao caos e à barbárie em que todos foram repentinamente jogados, uma pessoa continua a enxergar. É um livro fantástico e singular, não apenas no modo como Saramago conduz a história, mas também na própria escrita, praticamente desprovida de pontuações.
5° O Processo - Franz Kafka:
Josef K., um importante funcionário de um banco, é preso sem saber o motivo e agora precisa se defender de um processo que corre contra ele, mas sobre o qual ele não possui nenhuma informação. Ele não sabe o que há de errado ou o que está acontecendo e corre desesperadamente em busca de informação e representação.  

Se você já leu algum dos livros recomendados aqui, comente e dê o seu parecer. Se não leu, fique à vontade para comentar também e tirar dúvidas ou expressar sua expectativa.
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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Livro Comentado: A Tormenta de Espadas Pt.1


[Muitos spoilers sobre este livro e os anteriores]

Isso mesmo, livro comentado! Temos filmes comentados, séries comentadas (comumente episódio por episódio), então não vejo motivos para não termos também livros comentados. E não estou falando de uma rúnica resenha sobre todo o livro, mas sim a minha percepção, parte por parte, à medida que vou lendo e progredindo na história.

Bom, o livro que estou lendo no momento é o “As Crônicas de Gelo e Fogo: A Tormenta de Espadas”. Levando em consideração que se trata de um livro de quase 900 páginas, faz muito sentido analisá-lo dessa forma. No momento que escrevo esse post eu estou na página 240. Pois é... Ainda... Faz bastante tempo que estou lendo, mas acontece que nesses últimos meses as coisas foram bem corridas para mim.

Nem preciso dizer que já li a primeira parte da saga, “A Guerra dos Tronos” e a segunda parte, “A Fúria dos Reis”. E essa não é a primeira vez que escrevo aqui no blog sobre essa grande obra do George R. R. Martin, mas no fim do post deixarei os links para os outros textos. Vamos lá!

Enquanto que A Guerra dos Tronos foi uma grande surpresa para mim, pois comecei a ler devido a indicações de terceiros (provavelmente na onda da adaptação do livro para a TV) e não sabia ao certo o que esperar, no livro seguinte eu já tinha uma noção de no que estava embarcando, o que obviamente não me impediu de gostar ainda mais. Por essas e outras eu comecei a ler o terceiro livro completamente entusiasmado, embora que com receio de ver meus personagens favoritos indo para o saco, afinal, como já sabemos, o autor é um sádico, vide a cabeça do Ned (Eddard Stark) ter terminado num cesto, ou melhor, numa estaca...

No desfecho do Fúria dos Reis eu vi meu personagem favorito, o Tyrion, ir para o leito de morte e os dois personagens mais odiados por mim, Cersei e Joffrey, sobreviverem incólumes. Isso também mostra que o livro não é completamente desprovido de maniqueísmo, pois somos levados a odiar (ou foi só comigo?) certos personagens e nutrir carinho por outros. Mas do jeito que o Martin é, ele fará com que eu passe a gostar da Cersei e nos livros seguintes vai decapitá-la. Também vi o Sandor Clegane, vulgo Cão de Caça, estranhamente soar um pouquinho menos malvado do que parecia e, logo em seguida, fugir com o rabo entre as pernas com medo do fogo em Porto Real. E nem preciso falar do Jon Snow mudando de lado! Bom, chega de falar do 2° livro!

Essa terceira parte começou com um prólogo interessante e já no primeiro capítulo vemos Jaime Lannister em fuga, sendo ajudado pela bela Brienne. Eu torci para que eles fossem recapturados e retornassem para Correrrio, mas não foi o que aconteceu. Que ideia genial foi essa que a Catelyn teve de deixar o prisioneiro mais valioso deles simplesmente sair pela porta da frente?

Foi um alívio ver que o Tyrion, pelo menos por enquanto, não morreu. Mas por outro lado, enquanto esteve debilitado e à beira da morte, todo o poder que ele arduamente conquistou simplesmente escorreu por entre seus dedos como se fosse areia. Quero ver ele se reerguendo, mas por enquanto ele está na merda. Desculpe o linguajar, mas acredito que posso ter essa licença, uma vez que o livro discutido não é exatamente um grande exemplo de pudor e delicadeza.

E como assim o Tyrion vai se casar com a Sansa??? Okay, com essa última frase agora estou me sentindo uma dona de casa comentando a novela das 8... Mas eu só quero que ela, a Sansa, volte pra junto de sua mãe. A Arya também, e os dois irmãos perdidos. E, além disso, que o Robb derrote os Lannister e os Greyjoy, e, no fim, todos então vivam felizes para sempre.  Claro que isso não vai acontecer, pelo menos não dessa forma.

E por falar na Arya, acho que a qualquer momento ela irá se reencontrar com a Nymeria. Se eu fosse a Nymeria, a primeira coisa que eu faria ao rever a Arya seria morder seu pescoço por ter jogado pedras em mim! Mas depois eu a soltaria e lamberia seu rosto em sinal de felicidade. E depois morderia novamente... Enfim...

Por enquanto estou gostando bastante do andamento das coisas e curioso para ver alguma conclusão. Assim que eu ler mais umas 200 páginas eu volto com outro post comentando.

Fique à vontade para comentar, mas, por favor, não faça spoilers sobre os acontecimentos da página 240 em diante!

Aqui estão os links prometidos:
* Guerra dos Tronos - Análise da Série e comparação com o Livro
* Guerra dos Tronos e a Morte das virtudes, dos imaculados e dos honrados


Leia a continuação:
Livro Comentado - A Tormenta de Espadas Pt.2
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segunda-feira, 26 de março de 2012

Livros que Marcaram - Por Leandro Roberto


Como já diz o título, farei aqui uma pequena lista de livros que marcaram. Alguns, marcaram gerações, outros, toda uma nação de leitores.

Dom Casmurro e Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.
Dom Casmurro é meu preferido por diversos motivos, mas basicamente esse é o livro que mostra toda a genialidade de Machado de Assis. Um a história empolgante e envolvente com vários elementos, uma trama bem feita e uma narrativa instigante, além de claro a maior pergunta da literatura brasileira: ''Capitu traiu ou não Bentinho?''

O debate sobre essa questão é uma das coisas mais legais na leitura do livro, além de todo o prazer que proporciona, com todo seu realismo nas relações entre as personagens, e, ainda o modo como é contada a história e as diversas citações do autor.

Memórias Póstumas de Brás Cubas tem basicamente as mesmas qualidades, além de ser o livro que é considerado o 'fundador' do Realismo brasileiro. Tem uma narrativa que não segue uma ordem cronológica exata.



Harry Potter e a Pedra Filosofal e Harry Potter e a Ordem da Fênix
Apesar de na minha opinião a série ter decaído com o passar do tempo, ela sem dúvida tem aquele algo mais que é tão importante nas séries de sucesso. Com o perdão da palavra, ela tem uma certa magia digamos assim.

A história é conhecida por praticamente todo mundo, e segue a trajetória de aventuras do bruxo Harry e suas descobertas no novo mundo mágico que conheceu. São livros divertidos e originais, que misturam diversas lendas de maneira convincente e por incrível que pareça realística, mantendo os leitores sempre interessados.

Considero que a série se divide em duas partes: A infantil e a mais adolescente, com menos ênfase na tal magia, e que tem seu ''início'' a partir do quinto livro, por isso a indicação. Os melhores livros de cada fase na minha opinião.


O Menino Maluquinho

Coloco um livro infantil que me faz ter uma grande nostalgia, mas além disso o considero uma ótima história para crianças. O Menino Maluquinho. Um dos primeiros livros que li e sem dúvida inesquecível. Não tem como uma criança (até mesmo um adulto) não gostar. A história mostra um menino feliz, que brinca, que corre e que também tem problemas. Um dos mais famosos livros infantis brasileiros e escrito pelo grande escritor/ilustrador Ziraldo. A mensagem final que é passada é emocionante.

E você? Quais livros te marcaram?
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