sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Duas mulheres - Duas grandes histórias (Autobiografias)

Existem diversas autobiografias fantásticas por aí; cito abaixo duas em especial que cativaram de forma fenomenal e continuam a marcar a vida de muitos.

Infiel

Em “Infiel”, Ayaan Hirsi Ali nos conta a sua história e mais do que isso, nos apresenta a uma cultura totalmente contrastante com aquilo com o qual estamos habituados.

Ayaan nasceu na Somália e cresceu sob o dogma islâmico. Passou involuntariamente pela circuncisão feminina (mutilação na qual se extirpa o clitóris) e, de forma submissa, aceitou as determinações machistas que lhe eram impostas e toda a violência física e psicológica proveniente das mesmas. Pertencente a uma família errante, morou na Arábia Saudita, Etiópia e Quênia.

Num ímpeto de ousadia e medo diante da própria realidade e da ausência de perspectivas, ainda mais quando o pai tenta casá-la com um desconhecido, ela foge para a Europa e inicia uma jornada de autoconhecimento, luta e questionamentos. Um dos melhores livros que já li em toda a minha vida.

Depois daquela viagem

Nesse livro Valeria Piassa Polizzi revela sua história e, de forma simples e com linguagem coloquial, nos transporta à sua infância e adolescência, chegando aos 16 anos, quando, ao perder a virgindade, sem camisinha, contrai HIV.
Não se trata aqui de um diário de tristeza e lamentações, mas sim de uma lição de perseverança, numa época (década de oitenta) em que HIV era praticamente sinônimo de morte. Ela circula por diversos temas e diz de forma clara e sem pudores tudo aquilo pelo qual passou e sentiu, desde o convívio com essa situação, o tratamento e as incertezas até o estigma com a doença.


Infiel - a história de uma mulher que desafiou o islã



Depois daquela viagem


* Infiel – a história de uma mulher que desafiou o islã
Autor: Ayaan Hirsi Ali
Ano: 2007

* Depois daquela viagem
Autor: Valeria Piassa Polizzi
Ano: 2003

2 comentários:

  1. Eu já li Depois Daquela Viagem. Gostei muito do modo como a autora escreve, de forma simples porém prendendo o leitor. Antes de pensar como uma história triste, prefiro pensar como história de superação, pois é isso mesmo. Bem interessante para compreender como as pessoas encaravam a síndrome naquela época.

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    1. Verdade, e o mais legal é que ela fala sobre esse assunto tenso de forma totalmente informal e descontraída. Não podemos esquecer que na época HIV era um Tabu. Aliás, ainda hoje é, mas existe muito mais discussão e menos ignorância.

      Mari, recomendo que leia a outra indicação do post também. O livro Infiel é um dos melhores, mais lindos e tristes que já na minha vida.

      Abraço

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