segunda-feira, 30 de abril de 2012

Os Vingadores - A arte de não se levar muito a sério (Crítica)


Já fazia alguns meses que eu, assim como muitos, aguardava ansiosamente por este filme. Cheguei até a comentar um trailer nesse post “aqui”. Acredito que não preciso fazer toda uma introdução explicando quem são os vingadores. Resumindo: a trupe intitulada The Avengers nada mais é que a união de diversos heróis, cujos principais já haviam sido apresentados em filmes solos, que se juntam para encarar Loki, irmão de Thor, que nesse filme pretende dominar a Terra e governá-la.
Homem de Ferro
A princípio eu não sabia muito bem o que esperar... Não gostei muito do filme do Thor e achei o do Capitão América extremamente fraco. Já os dois do Homem de Ferro eu adorei. Não sabia o que esperar do Hulk, afinal os dois filmes produzidos possuíam diretores e atores diferentes e no caso dos Vingadores é novamente outro ator. Nick Fury, Viúva Negra e Gavião Arqueiro tiveram aparições modestas em outros filmes e, portanto, não dava pra saber como seriam as coisas nesse.

Nick Fufy, Viúva Negra e Gavião Arqueiro
Bom, chega de rodeios! Gostei muito do filme! Há defeitos, claro, mas de uma forma geral ele entrega o que prometia e não decepciona. Então vou falar um pouco do que achei:

Um dos medos era o de que o filme poderia ficar desestruturado por causa da quantidade de heróis disputando tempo em tela, mas não foi o que aconteceu. Por incrível que pareça essa relação entre as personagens foi bastante harmônica, com os protagonistas, obviamente, ocupando mais espaço e com Tony Stark, o mais carismático entre todos (e o que trouxe mais sucesso para MARVEL nos cinemas), ocupando um pouco mais de tempo diante das câmeras.


Preciso dizer também que a Scarlett Johansson está ótima como Viúva Negra, usando bem o espaço que lhe foi concedido. Jeremy Renner interpretando o Gavião Arqueiro também não deixa por menos. Não são atuações oscarizáveis, evidente, mas conferem vida aos personagens.  Thor e Capitão América, a meu ver, estão bem mais simpáticos em meio a um grupo do que em seus filmes solo.

Nunca acompanhei os HQs, apenas li alguns, mas ao que parece os fãs dos quadrinhos gostaram e não vejo ninguém reclamando de heresias ou desrespeito com as origens, então acredito que já podemos contar como um ponto a mais.

O que mais me agradou no filme foi o fato de ele não ter se levado tão a sério. Está na moda a busca por um tom mais realista e sombrio, como o Batman de Christopher Nolan (que é o meu favorito), mas isso não deveria ser adotado como regra, pois nem sempre corresponde ao que esses heróis de fato são. Então o humor do filme foi o ponto alto para mim, incluindo aí todas as ótimas tiradas do Stark (Robert Downey Jr. sempre muito à vontade em seu personagem) e todos os alívios cômicos com um timing perfeito! Uma ressalva para a cena em que o Hulk esbofeteia o Thor logo após ambos terem derrotado uma horda de inimigos.  Não me lembro de qual foi a última vez em que ri tanto no cinema.

Hulk
De pontos negativos não há muito que eu possa apontar. A única coisa que me incomodou um pouco foi o Mark Ruffalo, que embora esteja okay, não me convenceu muito. Eu teria preferido que o Edward Norton tivesse continuado. Até o Eric Bana me agradaria mais no papel do Hulk. Mas a criatura em si está ótima! 

No fim das contas é um bom filme, que agrada todos os públicos e funciona muito bem como entretenimento descompromissado. Fica a recomendação!

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segunda-feira, 23 de abril de 2012

One Piece - Pequena Análise

Aí está. O mangá de maior sucesso no japão em todos os tempos. Batendo recorde atrás de recorde, primeiro lugar nos rankings de vendas a mais de 10 anos. Todo e qualquer produto com o nome One Piece é garantia de boas vendagens. Mas qual o segredo de tanto sucesso?

Nessa pequena análise tentarei dar minha opinião sobre quais seriam os motivos:

Publicado desde 1997 na revista Shonen Jump (a mesma de Naruto , Sasuke Uchiha , Itachi Uchiha , Madara Uchiha , Tobi , Rikudou Sennin , Kakashi Hatake , Neji Hyuga , Hinata Hyuga , Pain , Gaara , Hokage , Minato Namikaze , Jiraya , Nagato . Bleach , Dragon Ball ( Goku , Vegeta ) e Cavaleiros do Zodíaco ( Saint Seiya , entre outras), o mangá teve uma adaptação em anime em 1999 que dura até hoje. A história segue as aventuras de um jovem de 17 anos, Monkey D. Luffy, que viaja pelo mundo com seus companheiros para se tornar o Rei dos Piratas, e para isso busca o maior dos tesouros; o One Piece, deixado pelo grande pirata Gold Roger . Claro que esse é apenas o pontapé inicial de uma aventura fantástica, cheias de batalhas e surpresas.


Bom, vamos aos motivos: o principal, claro, é a história. Ela primeiramente é bastante original (alguém já viu algum outro mangá que fala de piratas?) e a criatividade transborda em todos os momentos. Mas, além disso, considero que o maior trunfo roteiro é o fato de ele ser extremamente bem construído.

Uma coisa insignificante que acontece, por exemplo, no capítulo 30 e que aparentemente não tem sentido na história, acaba se tornando no capítulo 250 algo de extrema importância para o andamento da série. Isso basicamente quer dizer que os acontecimentos não são inventados na hora (como acontece com muitos mangás). O autor Eiichiro Oda quando começa uma saga já tem todo seu desenvolvimento e final planejados. Tudo se encaixa perfeitamente  e ele junta de forma magistral momentos de ação, aventura, comédia e drama e esses elementos não são colocados apenas como detalhes. Cada um é desenvolvido sempre com atenção e tem alta importância na história.

No meio de lutas incríveis o enredo às vezes é interrompido para que seja contada a história de algum personagem e é sempre interessante. Quando se acompanha uma batalha você não quer que ela pare, mas quando isso acontece para se contar a história dramática, a vontade é não parar de acompanhá-la também. Isso porque o drama é interessante, as lutas de tirar o fôlego e a comédia sempre surge no momento certo e de maneira natural.


Além de tudo isso outro ponto fundamental para se guiar uma série, qualquer que seja, são as personagens. E nisso mais uma vez Mestre Oda nos mostra toda sua genialidade com uma quantidade de personagens sem fim, todos interessantes, com a personalidade bem criada e com importância na história. Isso se percebe principalmente na tripulação principal, com todo o carisma de personagens como Luffy , Roronoa Zoro , Sanji , Tony Tony Chopper , Usopp , Nami , Nico Robin , Franky , Brook , Shanks , Ace , Teach ( Barba Negra ), Edward Newgate ( Barba Branca ) , Dragon , Buggy , Mihawk Olhos de Falcão . Destaque também para a incomparável arte de Oda, que pode parecer estranha ou exagerada à primeira vista, mas que por sua originalidade e qualidade técnica é um dos charmes da série.

Uma trama completa, bem amarrada, sempre criativa e que prende o leitor ou espectador de uma forma fantástica. Diversão garantida para qualquer um (independente de sexo ou idade) que goste de animes/mangás e até para os que não conhecem. Imperdível!
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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Os Melhores Filmes com Apelo e Crítica Social Pt.1

Para provar que nem tudo gira em torno do que é comercial, faço aqui uma lista com os melhores filmes de apelo e/ou crítica social. A princípio a lista compreenderá três partes e 30 filmes, mas nada impede que ela seja estendida posteriormente em outras partes. Embora a lista esteja ordenada em 1°, 2° e assim por diante, vale ressaltar que é bastante arbitrário querer definir qual filme é melhor ou pior dentre esses que citarei, então encarem todos da mesma forma e os assistam!

1° Hotel Ruanda (Hotel Rwanda - 2004):

Em 1994 ocorreu um dos maiores crimes contra a humanidade. Num curto espaço de tempo (cerca de três meses), em Ruanda, mais de 1 milhão de pessoas foram cruelmente assassinadas. Homens, mulheres e crianças. Foi uma limpeza étnica. Um dos maiores genocídios da história. Em meio a tudo isto estava Paul Rusesabagina, que tal qual Oskar Schindler, salvou quantas vidas lhe foi possível, para isso arriscando a própria. O filme Hotel Ruanda conta a história desse homem e do acontecimento devastador em que viveu.

2° Rede de Intrigas (Network - 1976):

Obra prima dirigida por Sidney Lumet e ganhador de 4 Oscars, entre eles Melhor Roteiro Original. Extremamente atual e cujas críticas ganham ainda mais força nessa era de internet e relações vazias em que vivemos. O filme critica a televisão, a forma como ela existe e a função que ela desenvolveu. Trata do social, de política, de grandes comporações e do uso que fazem de recursos que deveriam possuir objetivos mais nobres. Um dos melhores filmes que já assisti.

3° A Outra História Americana (American History X - 1998):

Não leiam a sinopse oficial! A sinopse oficial simplesmente faz spoiler de todo o filme e resta apenas 4 minutos de acontecimentos inéditos: os créditos finais. Nesse filme acompanhamos o protagonista Derek Vinyard (Edward Norton), um neonazista que acaba na cadeia após assassinar cruelmente um homem negro que tentou assaltar sua casa. É muito interessante vermos o discurso de ódio e toda a degradação que isso gera, tanto para o perpetrador deste comportamento quanto para os que estão ao redor.

O Túmulo dos Vagalumes (Hotaru No Haka - 1988):

Duas crianças, Setsuko e Seita, precisam se virar sozinhos após a mãe morrer em decorrência de um ataque aéreo sobre a cidade em que viviam. A 2° Guerra Mundial estava próxima do fim, embora no momento eles não soubessem disso, e, portanto, os tempos eram muito difíceis.  O filme é também um retrato de parte da cultura japonesa, exposta no comportamento das personagens. Difícil assistir e não chorar.

5° Réquiem para um Sonho (Requiem for a Dream - 2000):

Um filme perturbador que mostra o resultado das drogas na vida das personagens que as utilizam. Os protagonistas são uma mãe que se vicia num comprimido para emagrecimento receitado imprudentemente e negligentemente por seu médico; e seu filho, que se injeta diariamente junto com seus amigos. Ellen Burstyn interpreta de forma surpreendente a decadência física e mental da mãe, enquanto que o ator Jared Leto não deixa por menos e faz um trabalho magistral ao interpretar o filho. Filme obrigatório e deveria ser assistido por todos.

6° Quem Quer Ser um Milionário? (Slumdog Millionaire - 2008):
Ganhador de 8 Oscars! Incluindo Melhor Filme, Melhor Direção (Danny Boyle) e Melhor Roteiro Adaptado, sem contar os prêmios técnicos. O mérito do filme está em denunciar de forma não caricata ou estereotipada a situação social na Índia e, além disso, desenvolver, com um roteiro fantástico, uma trama bela e comovente. Sem sombra de dúvidas o filme mereceu todo o reconhecimento que obteve.



7° Mar Adentro - 2004:
Dirigido por Alejandro Amenábar e ganhador do Oscar de Melhor Filme em Liíngua Estrangeira, esse longa espanhol trata da vida de Ramón Sampedro, interpretado pelo ótimo Javier Bardem. Estamos falando aqui da adaptação de uma história real: Ramón, tetraplégico devido a um acidente, após 26 anos sendo capaz de mover apenas a cabeça e necessitando da ajuda de todos para tudo, decide entrar na justiça para conquistar o direito à eutanásia. Ele suscita assim diversos questionamentos morais e filosóficos e coloca em xeque as noções de liberdade.

8° Dogville - 2003:

Dirigido e roteirizado pelo polêmico Lars von Trier, Dogville traz todo um estranhamento ao fugir completamente do padrão e surgir de maneira totalmente singular. Nicole Kidman interpreta Grace Margaret Mulligan, mulher que, perseguida pela máfia, encontra abrigo em um pequeno vilarejo. Os habitantes do local, que de início mostraram-se solícitos e amigáveis, de forma gradativa passam e esboçar atitudes e comportamentos completamente dissonantes com a imagem que criaram de si próprios no início.

Indicado ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira, Central do Brasil entra nessa lista exatamente por explorar o abandono pelo qual o Nordeste sofria e ainda sofre. No filme o garoto Josué se vê perdido após perder a mãe num trágico acidente de ônibus. Com a ajuda de Dora (Fernanda Montenegro), mulher que ganha a vida escrevendo cartas para pessoas analfabetas, Josué partirá em busca do pai que nunca conheceu, na esperança de encontrar um lar.


10° O Jardineiro Fiel (The Constant Gardener - 2005):
Justin Quayle (Ralph Fiennes) é um diplomata britânico que vive na África e que após o assassinato de sua esposa (interpretada por Rachel Weisz) acaba por se deparar com uma grande empresa farmacêutica que não conhece limite ou moral. Ele buscará os assassinos de sua mulher e, no percurso, verá toda a miséria e exploração que os habitantes dessa região da África vivem e como são tratados como animais descartáveis por instituições que deveriam ajudá-los. Rachel Weisz ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por esse papel.


Leia a continuação da lista: Os Melhores Filmes com Apelo e Crítica Social Pt.2
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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Shame - Análise Crítica


[Muitos spoilers após o primeiro parágrafo]
Brandon Sullivan (Michael Fassbender)
Excelente filme de Steve McQueen, Shame trata de vício, compulsão, impulsividade e até de temas mais polêmicos como incesto e suicídio. O protagonista é Brandon Sullivan (Michael Fassbender), homem que se esforça em conciliar seus vícios com sua vida social e profissional. Logo no início do filme já se percebe que essa conciliação é falha. O computador de seu escritório lotado de pornografia e sua atenção constantemente voltada ao sexo, enquanto que os demais aspectos de sua vida ficam relegados ao segundo plano.
Sua rotina, voltada totalmente ao vício, porém controlada, sai completamente dos trilhos quando da chegada de sua irmã Sissy (Carey Mulligan), que implora para ficar hospedada em seu apartamento por alguns dias. Gera estranhamento quando Brandon a encontra nua no banheiro de seu apartamento, tomando banho, e ela não demonstra qualquer inibição e, ainda por cima, devolve ao irmão a tolha que este havia lhe dado para que se cobrisse. Até esse momento ainda não sabemos que se trata de irmãos, mas logo isso é revelado.

Brandon e Sissy (Carey Mulligan)
Tal qual o irmão, Sissy é compulsiva e impulsiva, embora não seja, aparentemente, ninfomaníaca. Enquanto o irmão tenta se cercar de certa organização, a irmã é desleixada e deixa tudo jogado pelos cantos. Mas esse não é o real motivo do desconforto que o irmão sente ao ficar em sua presença. Ele sente desejo por ela e isso é recíproco. Há vários indícios disso e também da origem do comportamento de ambos. São pessoas com feridas latentes: Sissy, maníaco-depressiva e o irmão, bom, já sabemos.

Sissy
Tudo leva a crer, embora não possamos sair do campo da especulação, que os irmãos sofreram abusos sexuais na infância. Isso se percebe no comportamento autodestrutivo que apresentam, no desejo incestuoso (que se manifesta mais de uma vez no decorrer do filme e fica bastante claro que já ocorreu sexo entre ambos), na culpa extrema e na frase que Sissy diz a certa altura do longa: “A culpa não é nossa... Mas sim de onde viemos”.

No começo a nudez de Brandon, exposta sem quaisquer restrições, pode chocar, mas considerando o contexto, faz sentido que esse recurso seja utilizado. As atuações de Fassbender e Mulligan são estonteantes e é compreensível que muitos tenham se indignado com a não indicação dos atores para o Oscar.
No fim das contas Shame representa um olhar mais atento e íntimo na direção do descontrole, da degradação que isso gera e na dor das personagens, que parecem próximas a sucumbir.
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segunda-feira, 26 de março de 2012

Livros que Marcaram - Por Leandro Roberto


Como já diz o título, farei aqui uma pequena lista de livros que marcaram. Alguns, marcaram gerações, outros, toda uma nação de leitores.

Dom Casmurro e Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.
Dom Casmurro é meu preferido por diversos motivos, mas basicamente esse é o livro que mostra toda a genialidade de Machado de Assis. Um a história empolgante e envolvente com vários elementos, uma trama bem feita e uma narrativa instigante, além de claro a maior pergunta da literatura brasileira: ''Capitu traiu ou não Bentinho?''

O debate sobre essa questão é uma das coisas mais legais na leitura do livro, além de todo o prazer que proporciona, com todo seu realismo nas relações entre as personagens, e, ainda o modo como é contada a história e as diversas citações do autor.

Memórias Póstumas de Brás Cubas tem basicamente as mesmas qualidades, além de ser o livro que é considerado o 'fundador' do Realismo brasileiro. Tem uma narrativa que não segue uma ordem cronológica exata.



Harry Potter e a Pedra Filosofal e Harry Potter e a Ordem da Fênix
Apesar de na minha opinião a série ter decaído com o passar do tempo, ela sem dúvida tem aquele algo mais que é tão importante nas séries de sucesso. Com o perdão da palavra, ela tem uma certa magia digamos assim.

A história é conhecida por praticamente todo mundo, e segue a trajetória de aventuras do bruxo Harry e suas descobertas no novo mundo mágico que conheceu. São livros divertidos e originais, que misturam diversas lendas de maneira convincente e por incrível que pareça realística, mantendo os leitores sempre interessados.

Considero que a série se divide em duas partes: A infantil e a mais adolescente, com menos ênfase na tal magia, e que tem seu ''início'' a partir do quinto livro, por isso a indicação. Os melhores livros de cada fase na minha opinião.


O Menino Maluquinho

Coloco um livro infantil que me faz ter uma grande nostalgia, mas além disso o considero uma ótima história para crianças. O Menino Maluquinho. Um dos primeiros livros que li e sem dúvida inesquecível. Não tem como uma criança (até mesmo um adulto) não gostar. A história mostra um menino feliz, que brinca, que corre e que também tem problemas. Um dos mais famosos livros infantis brasileiros e escrito pelo grande escritor/ilustrador Ziraldo. A mensagem final que é passada é emocionante.

E você? Quais livros te marcaram?
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segunda-feira, 19 de março de 2012

Grandes Filmes Nacionais


Dos mais diversos gêneros e estilos, essa lista compreenderá filmes que marcaram o cinema brasileiro ou que pelo menos deixaram sua contribuição.  Fazendo uma rápida pesquisa na internet pude perceber que grande parte das listas com o intuito semelhante desta aqui possuem filmes menos populares e muitos não tão recentes. Portanto, existe a possibilidade de que fãs de Glauber Rocha, de filmes como “Deus e O Diabo na Terra do Sol”, fiquem um pouco decepcionados. De uma forma ou de outra, confiram:

Tropa de Elite 2 (2010): Foi uma grande surpresa, pois embora o primeiro tenha sido muito bom, todos esperavam por uma mera repetição nessa continuação. Mas não foi isso que aconteceu. José Padilha, diretor dos dois filmes, deixou todos de boca aberta. Assisti a esse filme na Reserva Cultural, que é um espaço que fica na Paulista e todos o ovacionaram. A trama, dessa vez centrada em questões políticas e em aspectos sociais, aborda a corrupção em suas diversas escalas e apresenta a forma como isso repercute nos cidadãos. Se no primeiro filme o protagonista Capitão nascimento, interpretado por Wagner Moura, cria toda uma aura fascista em torno de si, neste as coisas já são diferentes e tomam proporções surpreendentes.

Cidade de Deus (2002): Dirigido por Fernando Meirelles e Kátia Lund, Cidade de Deus concorreu a 4 Oscars: Melhor Direção, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Montagem e Melhor Fotografia. Também foi indicado ao Globo de Ouro de Melhor Filme em Língua Estrangeira. A história é inspirada em fatos reais e mostra o cotidiano, no decorrer de quase uma década, de uma criança que cresceu na favela que dá nome ao filme.

Central do Brasil (1998): Aqui temos outro filme que concorreu ao Oscar, tendo recebido duas indicações: Melhor Filme de Língua Estrangeira e Melhor Atriz, pela ótima atuação de Fernanda Montenegro. E ganhou o Globo de Ouro de Melhor Filme em Língua Estrangeira. Também foi indicado ao Globo de Ouro de Melhor Atriz, por Fernanda Montenegro. Walter Salles, o diretor, fez um trabalho magnífico ao mostrar como o menino Josué (Vinícius de Oliveira) e a mulher Dora (Fernanda Montenegro) se aproximam quando o garoto parte em busca de seu pai, após sua mãe morrer atropelada bem diante de seus olhos.

O Auto da Compadecida (2000): Dirigido por Guel Arraes, o longa acompanha a trajetória de João Grilo (Matheus Nachtergaele), um trambiqueiro e malandro que se utiliza de todos os meios para sobreviver às agruras do Sertão. Ao seu lado está o fiel companheiro Chicó (Selton Mello). No meio de uma confusão em que se mete, João Grilo acaba morrendo e indo parar no purgatório, onde será julgado. Comédia muito bem produzida e os atores que interpretam os protagonistas não poderiam ter sido escolhidos de forma melhor.

Tropa de Elite (2007): Essa é a primeira parte do filme citado no topo da lista. Nascimento,   Capitão do Bope (Batalhão de Operações Especiais do Rio de Janeiro) procura por um homem que reúna todas as características essenciais para substituí-lo em suas funções. Tido por muitos como fascista, o filme mostra o treinamento e a operação do forte batalhão que combate o tráfico, muitas vezes deixando completamente de lado todas as noções de Direitos Humanos, que, aliás, é zombado e descreditado em algumas passagens.

Memórias Póstumas (2001): Adaptação do fantástico livro de Machado de Assis, “Memórias Póstumas de Brás Cubas”. Como já diz o título, o nosso protagonista Brás Cubas (Reginaldo Farias), já falecido durante a história, nos apresentará suas memórias. Se o livro em si já é uma obra prima, essa ótima adaptação o homenageia muito bem.




O Xangô de Bakerstreet (2001): Ótima adaptação do livro de mesmo nome escrito por Jô Soares. A história traz uma trama muito bem construída que mistura fatos históricos com ficção (como é típico dos livros de Jô Soares, tal como “O Homem Que Matou Getúlio Vargas”). Quando uma série de assassinatos misteriosos começa a ocorrer e ligados a estas mortes está um valioso violino, o Stradivarius, Sherlock Holmes, o icônico detetive inglês, e seu companheiro Dr. Watson, são chamados para investigar. Comédia engraçadíssima e muito bem produzida pelo diretor Miguel Faria Jr.

Que outro filme você acrescentaria a essa lista? O espaço para comentários está aberto. Aproveite também e siga a nossa Página no Facebook.
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segunda-feira, 12 de março de 2012

Recomendações de Leitura do AL #1


Começa nesse post a coluna Recomendações de Leitura. Em cada edição dela faremos 5 indicações de livros. Em cada lista que fizermos, em geral não haverá ordem alguma a ser seguida, exceto no caso de eventualmente fazermos sugestões dentro de um gênero literário específico. Embora classifiquemos em 1°, 2° e assim por diante, isso, nesse caso, não representa uma ordenação decrescente de qualidade. Tendo explicado tudo, fiquem agora com as nossas recomendações.

1° O Xangô de Baker Street: Livro hilário escrito por Jô Soares. Quando um valioso violino, o Stradivarius, desaparece e, estranhamente, prostitutas começam a ser mortas no que parece ser um estranho padrão, o detetive inglês Sherlock Holmes, a convite da monarquia brasileira, vem ao Brasil investigar o caso. A trama é construída de forma magistral e envolvente e o desfecho é no mínimo genial.
Editora: Companhia das Letras


2° Paciente 67 (Shutter Island): Obra prima de Dennis Lehane que originou o ótimo filme Ilha do Medo (Shutter Island), do diretor Martin Scorsese. A trama começa com o desaparecimento de Rachel Solando, paciente do Hospital Psiquiátrico Ashecliffe, destinado a doentes mentais criminosos. O xerife Teddy Daniels é então incumbido de investigar e encontrar a paciente. À medida que Daniels investiga o hospital, os funcionários e conversa com os demais pacientes, o lugar toma um tom diferente e surge em sua mente o forte pressentimento de que algo está errado.
Editora: Companhia das Letras

3° Anjos e Demônios (Angels & Demons): Romance policial escrito por Dan Brown, esse livro marca a primeira aventura do professor de simbologia, Robert Langdon. E, em minha opinião, esse é o melhor livro escrito por Brown; melhor inclusive que o Código Da Vinci, seu romance mais famoso. Na trama, Langdon é chamado ao Cern para ajudá-los a entender o assassinato de um físico e, principalmente, a descobrir a localização de um artefato roubado que, nas mãos erradas, pode ser a arma mais poderosa já vista. O interessante é que uma organização, acreditada extinta, os Illuminati, assume a responsabilidade do assassinato, do roubo e afirmam que a Cidade do Vaticano será apagada do mapa. Começa então uma corrida contra o tempo (que é curto) para evitar que isso aconteça.
Editora: Sextante


4° O Hobbit (The Hobbit): Prelúdio de O Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkien. Se você já leu a saga do anel, sabe que não é umas das leituras mais fáceis e empolgantes, mas saiba também que com o O Hobbit a coisa é bastante diferente. Não existe nada de rebuscado na escrita e tudo flui muito bem. Acompanhamos a trajetória de Bilbo Bolseiro, junto com Gandalf e os anões Thorin, Dwalin, Balin, Bombur, Bofur, Bifur, Nori, Ori, Dori, Oin, Gloin, Fili e Kili. Não há motivo para preocupação, pois vocês não terão que decorar o nome de todos os anões para conseguir acompanhar o andamento da história. Os anões, chefiados por Thorin e contando com a ajuda do mago Gandalf e do atrapalhado Bolseiro rumarão em busca do seu tesouro roubado, que é guardado pelo temido dragão Smaug.
Editora: WMF
5° Artemis Fowl - O Menino Prodígio do Crime: Primeiro livro da série criada por Eoin Colfer. É um livro bem gostoso de ler, no qual o protagonista é um mal-humorado garoto de 12 anos. Mas não é um menino qualquer, claro, mas sim um gênio do crime, interessado no ouro das fadas. Na história existe todo um mundo composto por fadas, mas que é oculto dos demais humanos. Eu sei que lembra Harry Potter, mas adianto que as semelhanças acabam aqui. As propostas são totalmente diferentes. É indicado para qualquer faixa etária.
Editora: Record



Se você já leu algum desses livros, deixe seu comentário dizendo o que achou. Se ainda não leu nenhum, deixe um comentário também, seja para tirar dúvidas ou para compartilhar suas expectativas.
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