segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Quadrinhos: Monstros – A Invasão de Santos

Eu já tinha ouvido falar dessa nova HQ do Gustavo Duarte, mas ainda não havia tido a oportunidade de dar uma olhada. Bom, recentemente eu estava passando na frente de uma Fnac e resolvi entrar e passear um pouco nas seções de livros e quadrinhos. E não é que a HQ estava na estante!  

Monstros - Gustavo Duarte (Estante da Fnac)
Na história, Santos (cidade litorânea de SP) está sendo invadida por monstros, tudo no maior estilo Godzilla e catástrofe japonesa. Simples, divertido e muito gostoso de ler. A linguagem utilizada por Gustavo Duarte é simples e, ao mesmo tempo, bastante interessante. Em momento algum ele utiliza algum balão e não há nenhuma fala no decorrer de todas as páginas, mas isso não torna a experiência enfadonha, muito pelo contrário.

Monstros - Imagem Retirada do GustavoDuarteBlog
É possível perceber várias referências e, em alguns momentos, o que me pareceu ser uma brincadeira com os grandes clichês de filmes de monstros. Então fica aqui a minha recomendação. Deixo também o site do autor: GustavoDuarteBlog.
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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

As Drogas no Cinema Pt.2

Na Parte 1 eu falei sobre os filmes dentro dos gêneros comédia, romance e policial que abordam o tema das drogas ou pelo menos em que ela está presente. Mas os melhores filmes sobre o assunto são os do gênero Drama. No primeiro post eu não adotei o formato de lista, mas farei isso neste.

Réquiem para um Sonho (Requiem for a Dream - 2000):


Nesse filme nós acompanhamos a trajetória de pessoas viciadas, entre elas, uma mãe e o filho. O filho se droga diariamente e mãe, complexada com o próprio peso, entra nesse mundo por consequência de um médico negligente e imprudente que lhe receita medicamentos para emagrecer, mesmo sem examiná-la. O filme apresenta de forma crua a degradação das personagens e o rumo que elas tomam. 



Semelhante ao anterior, esse também mostra a trajetória de alguns jovens que, para se afastarem de suas vidas tediosas, passam a usar heroína. Ainda mais pesado que Réquiem para um Sonho, o filme expõe a forma como as personagens se tornam escravas de seus vícios. Para eles, todo o resto passa a ser apenas resto, até mesmo o bebê de uma viciada. 



Traffic - 2000:

Dirigido por Steven Soderbergh, Traffic explora o mundo das drogas através de vários ângulos, intercalando histórias que ocorrem e se desenvolvem em contextos diferentes. Em cada uma delas, uma fotografia característica. Vemos o funcionamento do tráfico, a corrupção de policiais e a vida de um juiz que tenta desesperadamente salvar a filha do mundo das drogas. Soderbergh ganhou o Oscar de Melhor Direção por este filme. 

Despedida em Las Vegas (Leaving Las Vegas - 1995):

Ben Sanderson, magistralmente interpretado por Nicolas Cage, é um alcoólatra decidido a beber até morrer, literalmente. Um grande drama que merece ser assistido. 






Half Nelson – Encurralados (Half Nelson - 2006):

Ryan Gosling, em sua primeira indicação ao Oscar, encarna um professor de uma comunidade pobre no Brooklyn. Ao mesmo tempo em que se esforça para manter seus alunos interessados e participantes, ele se sente desiludido e frequentemente se entrega às drogas. As coisas tomam um rumo diferente quando uma de suas alunas o encontra drogado no banheiro da escola. 


Geração Prozac (Prozac Nation - 2001):

Elizabeth Wurtzel (Christina Ricci) é uma jovem depressiva que enfrenta dificuldades em se relacionar com a própria família. As drogas acabam sendo seu refúgio ou uma espécie de desabafo descontrolado, mas quando a situação parece insustentável, a garota passa a se consultar com a psiquiatra Diana Sterling (Anne Heche), que lhe receita o Prozac.



Meu Nome Não é Johnny - 2008:

Jovem carioca de classe média, João Estrella (Selton Mello) acaba se envolvendo com drogas e, de forma gradativa, crescendo como traficante nesse mundo. Imediatista e fascinado com o enriquecimento rápido, ele se afunda nesse mundo e perde tudo quando o inevitável (considerando a forma como ele vivia) acontece. 



Existem muitos outros filmes que retratam muito bem essa realidade, mas esses são os que mais me agradaram. Fique à vontade para dizer o que pensa deles e apontar quais outros também deveriam estar na lista.
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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Livro Comentado: A Tormenta de Espadas Pt.4


[Muitos Spoilers do 3° Livro. Leia a Parte 1, Parte 2 e Parte 3]

Então finalmente cheguei ao fim do terceiro livro. Muitos haviam me dito que o desfecho era surpreendente e realmente o é. Mas já adianto que a volta da Catelyn do mundo dos mortos não me surpreendeu tanto assim. Depois de ver Beric Dondarrion executando a mesma proeza, suspeitei que algo do tipo pudesse acontecer.

A fuga do Tyrion, com o auxílio de Jaime, já era previsível. O autor não fez nenhuma questão de fazer disso uma revelação. O que não esperávamos era o que ocorreria durante esse processo de fuga. Descobrir, pela boca de Jaime, que sua primeira esposa na verdade não era uma prostituta foi uma punhalada nas costas do personagem. A revelação ferveu seu sangue a ponto de fazer com que desviasse do caminho e fosse até o quarto do pai, o responsável por esse que foi um dos eventos mais traumatizantes de sua vida.

Ao chegar ao quarto, em busca de Tywin Lannister, foi Shae, sua amante, quem ele encontrou. Fiquei com pena do seu destino, afinal ela apenas preservou a própria vida ao testemunhar contra o duende, embora pudesse ter maneirado nos detalhes comprometedores acerca da relação que possuíam. Agora a morte realmente relevante para o desenvolvimento de toda a trama foi a de Tywin, que não estava no quarto, mas estava na latrina. Com uma besta, o anão tirou a vida do pai enquanto ele defecava.

Será que o duende poderá agora assumir a posição de Senhor de Rochedo Casterly, uma vez que ela é sua por direito? Sua condenação afeta isso? Quem vai governar Porto Real, Cersei? Todas essas incógnitas e muitas mais ficaram para os próximos livros. [Esse parágrafo ficou parecendo final de capítulo de novela mexicana.]

Falando do livro como um todo, vejo-o como o melhor dentre os três primeiros. É o mais intenso e com mais reviravoltas. Também conta o fato de que é o livro em que meu personagem favorito, Tyrion, foi mais explorado. Não apenas ele, como os demais também. Jaime é um exemplo disso; em A Guerra dos Tronos e A Fúria dos Reis, estivemos sempre distante da mente do Regicida. Bastou que víssemos as coisas a partir de sua perspectiva para que mudássemos nosso julgamento sobre ele. Suspeito que veremos algo parecido com a Cersei. Eu a considero detestável, óbvio, mas quem sabe isso não mude um pouco depois de entender como funcionam as engrenagens que a movem.

Na outra extremidade do mapa, Stannis Baratheon captura Mance Rayder (o Rei-para-lá-da-Muralha) e dispersa os selvagens, enquanto Jon Snow se torna o Senhor Comandante do Castelo Negro. Um pouco de satisfação em meio a tantos horrores. Mas o que são os selvagens além de pessoas como as outras e que buscam por uma vida melhor? Será justo mantê-los à mercê dos Outros? Como George Martin não é dado a maniqueísmos, eu acredito que ele também irá mais a fundo nesse lado.

No mais, ouvi algumas pessoas dizerem que os livros quatro e cinco não conseguem superar os anteriores. Se isso for verdade, com certeza farei algum post por aqui falando e tecendo minhas próprias críticas. Agora fique à vontade para deixar a sua opinião e suas expectativas. 
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