sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Guerra dos Tronos - Análise da Série e comparação com o Livro

É muito comum e até esperado que haja grandes diferenças entre livros e suas adaptações, sejam para o cinema ou para a televisão, mas isso não nos impede de, mesmo assim, comparar. Acredito que é desnecessário fazer uma introdução explicando a trama de Guerra dos Tronos, já que se trata de um post destinado às pessoas que ou assistiram a série ou leram o livro, ou ambos.
Vale ressaltar que outras propostas para adaptações foram feitas, inclusive para o cinema, mas aquela que foi considerada a melhor pelo autor foi justamente a que possuía maiores possibilidades de incorporar de forma mais próxima possível a essência dos livros. No caso, a produção de uma série pela HBO.

A adaptação não decepciona e é muito bem feita, mas aspectos negativos não faltam. Antes quero falar sobre as características positivas.

Pontos Positivos:
A Muralha
Bom, primeiramente vale ressaltar que as transições, mostrando o desenrolar da história dos diversos personagens foi feita de maneira muito eficiente. No livro cada capítulo possui o nome de uma personagem e tudo se desdobra desta maneira e, portanto, havia a dúvida se a série conseguiria transpor isso para as telas de forma decente.

A produção também está ótima, nos convencendo daquilo que é mostrado. A ambientação é realmente convincente, para não falar da reprodução das cidades do livro, como Winterfell e Porto Real.
Varys - A aranha
Os atores da série estão impecáveis e percebe-se que quando não refletem muito bem, em alguns momentos, a essência de suas respectivas personagens, isso ocorre mais por questões de direção do que por déficit na capacidade de atuação. Merecem uma menção especial os atores Sean Bean (Eddard Stark), Peter Dinklage (Tyron), Lena Headey (Cersei), Harry Lloyd (Vaserys), Conleth Hill (Varys), Emilia Clarke (Daenerys) e Jason Momoa (Khal Drogo).

Também é louvável que com apenas dez episódios os diretores tenham conseguido transpor para as telas o mundo criado por George R. R. Martin, mesmo que algumas heresias tenham sido cometidas.
Assim como no livro, a série nos apresenta um mundo que, embora de fantasia, soa bastante verossímil. Há pouquíssimo maniqueísmo, o que resulta no fato de que é praticamente impossível definir vilões e heróis, certos e errados etc. E há também, claro, o fato de se tratar de um livro destinado, principalmente, ao público adulto. A trama se centra em conflitos políticos e nas guerras entre as Casas e não há pudores; a série não retirou esse aspecto crucial para que um público maior, no que se trata de faixa etária, pudesse ver.

Pontos Negativos:
Os pontos negativos serão evidentes principalmente para os que já leram o livro. Comecemos pelos mais banais até os mais relevantes.

A série não passa uma boa noção de distância. No episódio 03 (Lord Snow) Catelyn (Michelle Fairley) sai de Winterfell e vai para Porto Real e a sensação que fica é a de que ela simplesmente deu uma cavalgada rápida até lá.
O Cão de Caça (Rory McCann) não é nem de longe tão assustador quanto o do livro. Fazendo uma comparação o da série fica até simpático.

Os lobos dos filhos de Ned são importantes na história, mas na série eles ficam a maior parte do tempo em quinquagésimo plano.
Vaserys é mostrado de namorico com uma escrava, sendo que no livro a única coisa que ele fazia era estar, durante todo o tempo, obcecado por ganhar seu exército e retomar o trono de ferro, sem contar que ele se via praticamente como um deus e desprezava os demais.

Ned Stark
Embora o ator que interpreta Ned Stark atue muito bem, existe uma diferença sútil entre o Eddard do livro e o da série; o do livro é mais forte, enquanto que o da série em diversos momentos parece estar prestes a chorar.
A grandiosidade das batalhas, com milhares de homens lutando, não foi bem transposta para as telas, provavelmente por questões orçamentárias. Isso incomoda um pouco, pois de maneira recorrente discorre-se acerca dos milhares de homens que cada Casa possui para travar a guerra, mas o que vemos mais parece uma briga entre tribos.

Loras e Renly
Outro aspecto é que enquanto o livro preza pela sutiliza, a série, talvez para entregar as coisas já mastigadas, deixa tudo escancarado. Percebemos isso, por exemplo, na questão da homossexualidade de Loras Tyrell (Finn Jones) e Renly Baratheon (Gethin Anthony), que no livro pode até passar despercebido, enquanto que na série...  Há uma análise interessante sobre isso aqui: “Personagens Gays de Game of Thrones”.
Outro exemplo é o Lorde Baelish (Aidan Gillen): no livro é muito mais sútil e até um pouco misterioso, enquanto que na série tudo quanto a ele é evidente.

No episódio 07 (You Win or You Die), Tywin Lannister (Charles Dance), que no livro sempre está com belas roupas ou com sua armadura dourada e bastante ornamentada, na série é mostrado, de início, com uma roupa qualquer e, ainda por cima, estripando um alce! E a conversa que ele tem com Jaime (Nikolaj Coster) não acontece nos livros; ao menos não nos dois primeiros.
No último capítulo, o décimo (Fire and Blood), uma cena que só ocorre no final do 2° livro (a conversa de Catelyn com Jaime) é adiantada, sendo que diversas coisas são modificadas e o contexto é totalmente deturpado.

Não podemos esquecer que esta 1° Temporada faz spoilers do livro dois e talvez até dos demais (cujos quais, até o momento, ainda não li). Eu falo sobre isso nesse post “aqui”.

Tyron
Agora, o que de longe mais me incomodou foi o seguinte:

A Shae (prostituta do Tyron) da série em nada se parece com a Shae do livro. Mesmo sendo uma personagem bastante secundária, é lamentável vê-la tão descaracterizada, sendo que a mesma representa um meio de explorar um dos melhores personagens da história, que é o próprio Tyron.
Sem contar que ele - Tyron - só conta para a Shae (Sibel Kekilli) sobre a prostituta com a qual casou (sem saber que se tratava de uma prostituta contratada pelo irmão Jaime para tirar sua virgindade) no 2° livro, A Fúria dos Reis, e isso ocorre num momento de tensão e não numa brincadeira entre bebidas.

Tyron não se abre com qualquer um e é extremamente desconfiado e inteligente, então não faz sentido representá-lo como um tolo de coração mole que deixa que todos saibam de suas vergonhas e temores.


Mesmo com os deslizes, vale muito a pena assistir a série. É preciso considerar que se trata de uma adaptação de um livro imenso e que, exatamente por causa disso, muitas coisas precisaram ser cortadas e alteradas. Recomendo!
Recomendo também a leitura do post “Guerra dos Tronos e a Morte das virtudes, dos imaculados e dos honrados.”.
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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Os 10 Melhores Filmes de Todos os Tempos Pt. 3 - Por Leandro Roberto

Essa é a terceira parte da lista. Você pode conferir a primeira parte "aqui" e a segunda parte "aqui".

3° Carrie, a Estranha (Carrie - 2002)

Apesar da versão mais famosa ser a de 1976 e essa ser uma versão para TV, acho tanto o filme como sua história muito interessantes. Nada a destacar em relação à atuações ou grandes qualidades técnicas da produção. No entanto a história é contada de tal forma que prende totalmente a atenção do espectador. A cena em que Carrie sai pela cidade enquanto carros voam é muito bem feita e todo enredo em volta da menina quieta que tem poderes paranormais é surpreendente.

2° Tropa de Elite (2007)

Filme brasileiro muito famoso e que tem uma história contendo violência, o que faz muitos reclamarem. Mas toda a crítica social por trás e as frases marcantes de Capitão Nascimento garantem o divertimento sem dúvida, mesmo que possam parecer fascistas para alguns. Acho o Tropa de Elite 2 bom também, mas não tanto como esse. Um filme forte e que cativa pelo seu dinamismo.


Espíritos - A Morte Está ao Seu Lado (Shutter - 2004)

Melhor filme de todos os tempos.
Não só do seu própio estilo, terror, como de qualquer outro gênero. Perfeito em todos os aspectos: história, direção, trilha sonora...  Veja uma análise feita por nós "aqui".
        
Confira a lista dos Melhores Filmes de Todos os Tempos  feita por Fernando Borges.
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sábado, 5 de novembro de 2011

Os 10 Melhores Filmes de Todos os Tempos Pt. 2 - Por Leandro Roberto

Continuação da lista dos Melhores Filmes. A primeira parte pode ser conferida "aqui".

6° - Os Outros (The Others - 2001)

Um dos quatro filmes de Suspense/Terror da lista (afinal, é o meu estilo preferido). Conta a história de uma família (mãe e dois filhos) que vive numa mansão toda fechada (janelas e tudo) pois as crianças não podem ser expostas à luz por causa de uma doença. O filme é bastante tenso e o suspense é crescente. O final dele consegue ser mais surpreendente que o do filme O Sexto Sentido.



5° - Tempo de Matar (A Time to Kill - 1996)

Incrível filme dramático, desta vez por ser forte e muito triste. Fala sobre racismo principalmente, e tem Samuel L. Jackson em seu elenco. O discurso do fim do filme é de fazer chorar, além de extremamente chocante. Um filme pesado, mas diria que necessário. É o tipo de filme que deve ser assistido por todos. Imperdível.



4° - Duro de Matar 4.0 (Live Free or Die Hard - 2007)

Filme de ação recente e muito bem feito. As cenas são absurdas e exageradas, mas impressionantes. O legal é que tem uma história interessantíssima por trás, que fala de tecnolgia e de como ela nos domina e muda toda a nossa vida, tanto de maneira positiva, como negativa. Além das desdobramentos alucinantes, a cena da Casa Branca nos faz pensar e é de arrepiar.


Confiara a 3° Parte da Lista.
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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Os 10 Melhores Filmes de Todos os Tempos Pt. 1 - Por Leandro Roberto

10° - Herói (Ying Xiong - 2002)

Filme chinês relativamente famoso internacionalmente. Ele é um bom filme por basicamente dois motivos: as lutas de artes marcias, que são muito bem elaboradas, interessantes e, principalmente, sua fotografia, que é para mim a mais bonita de todos os filmes que já vi. O filme conta diferentes histórias e cada uma delas tem uma cor predominante, todas com cenas memoráveis.



9° - Cidade de Deus (2002)

Um dos dois filmes brasileiros da lista. Apesar do tema violento, a história é contada de maneira bastante original e prende o espectador. Ele mostra uma história inspirada na realidade e em diferentes épocas com uma edição de imagens muito bem feita. Indicado aos Oscars de Melhor Direção, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Montagem e Melhor Fotografia.



8° - O Sexto Sentido (The Sixth Sense - 1999)

Ótimo filme de suspense e um dos finais mais surpreendentes do cinema (só perde pro final de Os Outros e de Espíritos). Filme com Bruce Willis e que revelou Haley Joel Osment. Destaque para a fotografia que se concentra em muitos pontos na cor vermelha e à cena do banheiro, que fez me quase cair da cadeira na primeira vez que assisti.



7° - Cinema Paradiso (Nuovo Cinema Paradiso - 1988)

Melhor filme dramático que eu já tive oportunidade de assistir. Não dramático no sentido de triste. Ele emociona pelo seu lirismo e sensibilidade. Bonito em vários aspectos; desde as cenas cuidadosamente filmadas à trilha sonora maravilhosa de Enio Morricone (se fizesse uma lista de melhoires trilhas de filmes ela estaria no Top 3). Sua última cena é uma das mais bonitas e emocionantes que já vi.

Confira a continuação da lista "aqui".
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