[Post
escrito por Diego Rodrigues]
Assisti ao filme “A
invenção de Hugo Cabret” (Hugo - 2011) e todas as minhas expectativas foram
superadas, primeiramente porque existe toda uma explicação acerca do filme ter certa
tendência infantil e isso vai um pouco de encontro com "Cinema
Paradiso", no que tange ao fato de ambos serem uma ode ao cinema e
apresentarem tal ode a partir do ponto de vista de uma criança (claro que não
chega a ser tão emocionante quanto o "Cinema Paradiso") e essa
tendência infantil, pelo menos para mim, serve também para remeter um pouco à
origem do cinema , quando este, em termos metafóricos, era apenas uma criança em
desenvolvimento descobrindo seu lugar no mundo.
O uso do 3D foi o mais inteligente que eu já vi desse recurso, porque ao mesmo tempo em que ele foi utilizado para provocar nos telespectadores o mesmo impacto que os filmes causavam outrora, também foi utilizado para mostrar que assim como os filmes antigos possuíam já seus próprios recursos que facilitavam na criação das mais diversas realidades, hoje não é diferente e o cinema continua evoluindo para fazer sua mágica cada vez com mais realidade e sabemos que assim como o cinema mudo sucumbiu ao cinema falado, os filmes em 2D, logo logo também não pertencerão mais a nossa realidade. E surpreende o fato de ter sido o primeiro filme de Martin Scorsese em 3D e mesmo assim ele conseguir esse resultado primoroso.
O filme também faz um jogo bem legal entre a ilusão/mágica e a função do cinema, apresentando o mesmo como um dispositivo que nos permite fazer uma evasão da nossa realidade e criar qualquer coisa que a mente humana seja capaz de imaginar. Em resumo é um filme bastante poético com fotografias bem interessantes e que vale muito a pena assistir.
Assisti “A Invenção de Hugo Cabret” e o filme é realmente muito bom e belo. Mas primeiro quero dizer que discordo totalmente do Oscar de melhores efeitos especiais e de fotografia. Outros filmes mereciam mais esses prêmios. A fotografia do “A Árvore da Vida”, por exemplo, é bem melhor. Não que os efeitos visuais e a fotografia do Hugo não seja bem feito. Magistralmente bem feito! Mas nesse caso achei injusto e deve ter pesado - como o Jarbas gosta de dizer - a parte mais conservadora da Academia.
ResponderExcluirToda a forma como a história é conduzida, todo o saudosismo e nostalgia e até as subtramas são realmente muito boas e bem elaboradas. Até quando fica mais caricato, percebe-se que foi intencional e funciona bem. É uma pena que eu não tenha assistido em 3D, pois dá pra ver, mesmo assistindo em 2D, que ele foi pensado do começo ao fim para ser em três dimensões.
E o filme realmente não é infantil, como eu havia pensando. E esse também não é o seu público alvo. É um filme que pode ser assistido por crianças, mas que se destina a um público mais amplo, vendo pelo lado da faixa etária.
Em suma, gostei muito mesmo, recomendo e concordo plenamente com a sua crítica.
Quando terminei de ver o filme imaginei a mesma coisa que vc a respeito de Cinema Paradiso, que é meu 2° filme preferido. Já o uso do 3D não posso dizer pq assisti em 2D, na minha cidade não veio cópias 3D. Mas deve ser mágico mesmo. Pra mim, Hugo é o segundo melhor do ano, atrás apenas de A Separação.
ExcluirP.S. Eu tinha esquecido de colocar um link daqui no blog, mas agora já ta linkado hehe.
Abraços!
Opa, obrigado por linkar o AL no seu blog!
ExcluirQuero muito assistir esse "A Separação". A pessoa que escreveu esse Guest Post, um amigo meu, assistiu e disse que é realmente muito bom.
Achei meio esquisito o "A Pele que Habito" não ter sido nem ao menos indicado, mas não posso me precipitar, afinal não assisti a nenhum dos que foram.
Abraços!
A pele que Habito não foi indicado pq não foi o escolhido para representar a Espanha nesse ano. Como são burros, não? rsrs
ExcluirAh, está explicado! Nem me ocorreu que a Espanha não o tivesse indicado. Dei uma olhada e vi que o filme indicado pela Espanha foi o "Pa Negre". Parece interessante.
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