terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A Guerra dos Tronos Vs. O Senhor dos Anéis


A comparação entre As Crônicas de Gelo e Fogo (cujo primeiro livro da série é o Guerra dos Tronos) e O Senhor dos Anéis é recorrente e polêmica. Porém, não acredito que seja muito válido traçar um paralelo entre um e outro e por este motivo não farei uma lista com os motivos pelos quais um seria melhor ou pior. Ainda assim, não serei tão diplomático a ponto de não dizer qual dos dois me agrada mais. Portanto, e sem rodeios, eu (EU) gosto mais da saga do George R. R. Martin. Claro que isso não significa que um é melhor que o outro, mas sim que As Crônicas de Gelo e Fogo possuem características que me atraem mais.

J. R. R. Tolkien
A saga do anel é sem sombra de dúvidas uma obra prima da literatura fantástica e possui milhares de fãs em todo o mundo. Todo o universo criado por Tolkien impressiona e vai além dos três livros que compõe a obra. E não, não vou acrescentar um “no entanto” agora. É aqui que entra a falha central dessa polêmica: há uma tentativa de se comparar livros que não são comparáveis.

Por que não são comparáveis? As estruturas são totalmente distintas. Enquanto que Tolkien elaborava todo o seu universo com base na fantasia e norteava todos os conflitos e tramas através de um maniqueísmo simplório e até um pouco (intencionalmente) ingênuo, Martin faz o exato oposto, sendo a fantasia para ele apenas um mero enfeite ou, no máximo, um plano de fundo. As Crônicas de Gelo e Fogo gira muito mais em função das personagens e das tramas políticas que se desenrola entre elas.
George R. R. Martin
Eu gosto mais das Crônicas exatamente por causa disso. Interessa-me e envolve muito mais acompanhar o desenrolar da história das personagens e dos acontecimentos - arquitetados de maneira magistral - que com Martin nunca se sabe como irão terminar. Nisso ele é um gênio. E também é muito mais fácil se identificar com as personalidades criadas por este autor, uma vez que elas são de fato humanas. Não existem heróis ou vilões.

Pelas razões apresentadas eu reafirmo que não há como concluir que um é superior ao outro. Por mais “politicamente correto” que possa parecer, quando se trata de obras assim distintas, tudo (ao menos nesse caso específico) vai depender do gosto de cada um.